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A Metáfora
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Metáfora De modo a introduzir um novo recurso estilístico, voltemos agora ao primeiro acto de linguagem que serviu de exemplo para a comparação: Aquele atleta corre como uma lebre. Depois de concordar plenamente estarmos perante uma comparação, lanço a seguinte questão: Será possível transmitir um sentido igual ou semelhante recorrendo a um outro recurso estilístico que anula automaticamente a comparação? Vejamos o resultado:
Aquele atleta é uma lebre.
Como se pode observar e interpretar, o sentido transmitido é o mesmo: o atleta é uma lebre na medida em que corre tanto como ela. Continuamos pois perante duas realidades que se aproximam em determinado contexto, mas cuja aproximação não depende directamente de qualquer termo comparativo. Daí não haver uma comparação, mas antes uma metáfora.
Metáfora é então uma figura de estilo em que a significação natural de uma palavra se transporta para outra em virtude da relação de semelhança. Eis alguns exemplos: ?Amor é fogo que arde?? (Camões) ?Na rede da minha música estás presa, meu amor? (Pablo Neruda)
Destaque-se o verso célebre de Camões, onde o amor é associado ao fogo devido ao seu poder vital e simultaneamente destruidor e trágico. Já nas palavras de Neruda, a música, pelo encantamento que provoca, é como que uma rede que prende a amada.
A reter: Metáfora: Recurso estilístico em que a significação natural de uma palavra se transporta para outra em virtude da relação de semelhança.
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