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Acentuação Gráfica em vigor
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A presente obra se baseia no Formulário Ortográfico de 1943 - Sobre a Acentuação gráfica - na Lei 5.765, de 18/12/.1971 e na vastidão divergente das inúmeras gramáticas espalhadas pelo Brasil. Ao apresentar uma sistematização crítica das normas de acentuação ainda em vigor no Brasil, pretende colaborar para um indispensável reexame de alguns de seus aspectos, com subsídios para a futura elaboração de uma gramática-padrão da língua portuguesa. A idéia da autora da obra Amini Boainain Hauy, professora universitária de língua portuguesa, é dá subsídios para resolver a necessidade de uma gramática-padrão da língua portuguesa, esta obra publicada pela Editora Ática. Sob a direção de Benjamin Abdala Júnior Samira Youssef Campedelli foi organizada primeiro apresentando a Legislação e a Sistematização Critica da Reforma, através da classificação das palavras quanto à acentuação, a acentuação de monossílabos ? que sempre apresentam dúvidas, das oxítonas, paraxítonas e proparoxítonas.
Ex.: Os sinais auxiliares da escrita, usados para indicar a correia pronúncia da palavra, são chamados notações léxi¬cas ou sinais diacrííicos. Os diacríticos relacionados com as regras de acentua¬ção são: o acento agudo ('), o grave ('), o circunflexo ("), o trema (") e o til (~); entretanto os que distinguem a síla¬ba tónica da palavra são apenas o acento agudo, o circun¬flexo e raramente o til. 1. O acento agudo é empregado para assinalar: a. as vogais tónicas a, i e u.
má afável cálice caí nível física baú açúcar fúnebre
b. as vogais tónicas abertas e í o.
pé estivésseis pó herói
2. O acento grave é empregado:
a. para indicar a crase da preposição a com os artigos definidos a, as, com os pronomes substantivos demonstrativos a, as e com o a inicial dos demonstrativos aquela(s), aquele(s) e aquilo (crase eufônica).
à ãquele(s) àquilo às àquela(s)
3. O acento circunflexo é empregado para indicar o timbre fechado das vogais tónicas e e o, bem como o do a se¬guido de m ou n':
mês crêem trêmulo robô pôs abdômen tâmara cânhamo hispânico O acenio circunflexo marca também a nasalização do a em coimbrã, câimbo, variantes de cãibra, caibo. "Inadmissível é a redundância til + m, como ocorreu no Vocabulário com 'zãimbo, certamente por lapso, em lugar de zâimbo, var. de zãibo."LUfr,Celso Pedro. Grande manual de ortografia Globo. Rio de Janeiro, Globo, 1985. p, 246.
Faz observações sobre os hiatos, ditongos, apresenta a REFORMA ORTOGRÁFICA de 1971 e vocabulário crítico bem interessante. Amini Boainain Hauy apresenta uma proposta de uma nova Ortografia, elaborada em 1986 e amplamente divulgada pela imprensa falada e escrita, repercutiu nos meios intelectuais dos países de língua portuguesa como algo iminente e inevitável. A notícia de que entraria em vigor, em janeiro de 88, 0 Acordo ortográfico assinado no Rio de Janeiro, em 12 de maio de 1986, por representantes dos países que têm o português como língua oficial ? Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe ? indiretamente condenou ao descaso as regras de acentuação há tanto tempo em vigor. O estudo da acentuação gráfica vigente, regida no Bra¬sil pelos Decretos-Leis nº 292, de 23/02/1938 e 5186, de IV 13/01/1943 e levemente alterada pela Lei nº 5765, de 18/12/1971, parecia, então, a partir de 1986, desnecessário, uma vez que profunda modificação sofreria, em breve, nos¬so sistema acentual, com a eliminação de quase toda a acentuação gráfica. O Acordo de 1986 não foi, todavia, aprovado, nem está sendo seguido por nenhum dos países de língua portugue¬sa. Daí a necessidade de conscientizar os usuários do portuguès escrito ? burocratas, jornalistas, escritores, professores, alunos e todos aqueles que utilizam a escrita em seu trabalho diário ? de que nada mudou. No Brasil as normas de acentuação gráfica que oficialmente vigoram são ainda as dezesseis regras e dezessete observacões fixadas pelo Acordo ortográfico luso-brasileiro de 1943 e consubstanciadas no Formulário ortográfico que contêm as "Instruções para a organização do vocabulário ortográfico da língua portuguesa", aprovadas pela Academia Brasileira de Letras em 12 de setembro de 1943. Nesse mesmo ano, a Academia Brasileira de Letras publicou, com as "Instruçòes", o Pequeno vocabulário ortográfico da língua portuguesa (PVOLP), que é considerado o texto oficial da Ortografia brasileira. Algumas dessas normas posteriormente sofreram leves alterações com a simplificação no uso dos diacríticos, determinada pela Lei nº 5765, de 18 de dezembro de 1971.
Um pouco do Vocabulário crítico
Acento: traço prosódico que destaca uma sílaba da palavra, pela maior energia de expiração com relação às demais. Não se deve confundir acento tónico com acento gráfi-co. Aquele é um fato auditivo, de fala; este é um sinal escrito, visual. Dígrafo: grupo de duas ou três letras que representam um só fonema: carro. Ditongo: uma vogal precedida ou seguida de uma semivogal. Pertencendo à mesma sílaba, ambas são pronunciadas nu¬ma só emissão de voz, articulando-se rapidamente a me¬nos intensa (semivogal) e, com mais intensidade, a vogal, por isso chamada vogal base do ditongo. São crescentes ou decrescentes, orais ou nasais. Fonemas: sensações auditivas que constituem as mínimas unidades significativas, distintivas, da palavra. Hiato: encontro de duas vogais pronunciadas separadamen¬te, em duas emissões de voz, constituindo, portanto, cada vogal uma síiaba. Como licença poética pode-se con¬verter um hiato em ditongo (sinérese) ou um ditongo em hiato (diérese). Letra: sinal convencional usado para grafar o fonema. Nem sempre o número de letras corresponde ao número de fo¬nemas; isso ocorre com o h que é um sinal etimológico sem valor fonêmico e com os dígrafos. Ao conjunto de letras denomina-se alfabeto.
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