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?A natureza da escritura?
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Escrever é um ato verbal que se caracteriza por transmitir intenções e conteúdos e por ter uma forma adequada à sua função. Durante a comunicação, o emissor usa certas convenções na ordenação das constituintes, que permite a ele codificar as informações. Essas convenções chamam-se DADO e NOVO, e fazem parte do contrato de cooperação intitulado MÁXIMA DO ANTECEDENTE: ?construa seu enunciado de modo que seu receptor tenha somente um antecedente direto para cada informação dada e que este seja o antecedente pretendido?. Assim, ao Escrever, deve-se adaptar o texto à visão de mundo do receptor. A submeta da coerência textual adequa a escrita a esses esquemas prévios. Ao relatarmos um fato, fragmentamos aquilo que tem uma natureza contínua e global. Após a fragmentação, as ?fatias? apresentam entre si vínculos formais, conhecidos como recursos coesivos. O ato de escrever, então, envolve dois tipos de atividade: planejamento e execução. Ambos ocorrem simultaneamente, envolvendo vários níveis: do discurso, da sentença, do constituinte e do programa articulatório. No planejamento, o produtor toma as decisões dentro de certas restrições, ditadas pelo conhecimento partilhado, pelo contrato de cooperação, pelo princípio da realidade e pelos recursos lingüísticos disponíveis. Durante o processo, decide-se por onde começar, em que direção prosseguir, que pontos ressaltar e como terminar. Já, no nível sentencial opta quanto de informação colocar em uma sentença. A ordenação das constituintes pode ser regida pela ordem cronológica dos fatos. Além disso, o escritor deverá decidir sobre qual participante de uma dada proposição irá escolher para sujeito gramatical, determinando a ordem dos constituintes. O modelo descrito vê o ato de escrever como uma ação-processo que envolve decisões em várias etapas e em diversos níveis, como: pragmático-discursivo, gramatical e fonético-articulatório. Segundo a retórica clássica, o emissor expressa-se eficazmente se consegue fazer o receptor entender suas intenções, conseguindo um efeito, em conseqüência dessa compreensão, isto é, a eficácia depende de o escritor conseguir o entendimento da FORÇA ILOCUCIONÁRIA e produzir o EFEITO PERLOCUCIONÀRIO no receptor. Nesta concepção, os leitores são vistos como sujeitos a serem influenciados pela argumentação, fazendo-os mudar sua atitude, suas crenças e comportamentos. Para isso, o escritor deve se orientar pelos seus pressupostos e sua ideologia. Assim, a teoria dos scripts é relevante, pois se preocupa com as estruturas cognitivas determinantes do comportamento social, já que analisa as ideologias como um tipo de sistema de conhecimento que é orientado por hipóteses. Logo, o autor deve obedecer a ?Máxima Griceana?: seja persuasivo e interessante. Os modelos processuais da escrita possuem uma visão componencial e dois pontos em comum: de um lado, o ato de escrever envolve uma META e um PLANO e, por outro, é um ato de RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS. Quanto aos níveis de planejamento, as evidências empíricas são obtidas através de protocolos verbais do escritor e aos movimentos físicos e paradas. Os níveis postulados associam-se as ?metas goal?: objetivo, função ou finalidade que podem ser de três tipos: ideacional, textual e interpessoal. Em relação às etapas de planejamento, a produção envolve uma fase de pré-escritura e uma de pós-escritura. A primeira engloba tudo que antecede a execução: anotações, listas, estruturas e esquemas. Conforme Hayes e Flower, a ORGANIZAÇÃO e o ESTABELECIMENTO DE META são concomitantes, sendo alimentados pelas idéias produzidas pela GERAÇÃO que são constrangidas pelo CONTEXTO DA TAREFA (conhecimento do mundo real). As idéias, organizadas segundo certos objetivos, passam para o componente TRADUÇÃO, que as converte em linguagem escrita. O texto produzido é revisto pelo componente REVISÃO, que consta da leitura e editoração. Todos esses subprocessos são coordenados pelo MONITOR, que priorizaas op
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