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?A natureza da leitura ?
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Ler é uma atividade comunicativa verbal que envolve uma relação interativa entre emissor e receptor. Ao ler, o leitor procurará interpretar a FORÇA ILOCUCIONÁRIA e o CONTEÚDO PROPOSICIONAL desse ato através de algum texto que pode conter uma certa convencionalização. Durante a interação entre leitor e escritor, a extração do significado de um enunciado depende do que o indivíduo tem na memória e de como ela funciona. Essa compreensão associa se com os três tipos de memória: a de curto termo, para integrar letras e palavras; a de médio termo, para integrar significados oriundos de elementos textuais; e a de longo termo, para integrar o significado do texto com informações extratextuais, provindas do conhecimento prévio do leitor que usa certas convenções na ordenação das constituintes, permitindo codificar as informações dadas e novas. Essas convenções são chamadas de DADO (tema) NOVO (rema). Existe uma multiplicidade de estratégias empregadas no ato de ler, havendo vários processos envolvidos, Entre eles: a maturidade do receptor, cuja concepção é o modelo de um leitor maduro, pois o estabelecimento de metas e a monitoração da compreensão ocorrem de forma sempre consciente, gradativa e cumulativa; a complexidade textual, que distingue a complicação oriunda de um conteúdo pouco familiar, daquele de fatores lingüísticos. Um texto de conteúdo conhecido possibilita o uso de muitos esquemas, prevendo-se uma leitura com bom componente de processos descendentes dedutivos e analíticos. Se, o texto é sobre assunto desconhecido, prevê-se uma abordagem ascendente, através do qual construirá novos esquemas. O que influi na escolha do processo é a possibilidade ou não de um texto oferecer condições para o leitor inferir no seu significado. A existência de palavras desconhecidas fará com que ele use a sua capacidade de processamento descendente. A nível sentencial acredita-se que certas estruturas são mais difíceis que as outras. Essa dificuldade é minimizada se a leitura é feita de maneira preditiva em nível de unidades maiores, prevendo que a estratégia básica será o processamento ascendente; o estilo individual de leitura, no qual constata-se as diferenças de comportamento leitor; e, o gênero textual que evidencia que o tipo de processamento é variável podendo ser visto nas diversas formas de interação do leitor com textos de diferentes gêneros. Conforme Britton, os papéis dos interlocutores na comunicação, podem ser o de participante ou o de espectador. Se o emissor e o receptor são participantes, a forma do discurso é transacional; se espectadores, a forma da linguagem é poética; se os papéis se confundem, a forma é expressiva, caracterizando pela inclusão necessária da primeira pessoa e pelo estilo informal. Essas diferentes formas/funções freqüentemente se mesclam dentro de um discurso, sendo mais em função da predominância de um ou outro tipo que se caracteriza a natureza de gênero. Já, quanto aos modelos de leitura, Kato relata os conceitos de alguns tipos específicos. Entre eles temos a concepção estruturalista, na qual a leitura é tida como um processo mediado pela compreensão oral, retendo-se na memória de curto termo, uma espécie de fala. Também é vista como um processo instantâneo de decodificação de letras em sons, e a associação destes com o significado. No segundo modelo mencionado, o de processamento de dados, qualquer tarefa cognitiva pode ser analisada em etapas ordenadas, começando com um estímulo sensorial e terminando com uma resposta. No terceiro, leitura sem mediação sonora, o leitor experiente reconhece as palavras como sujeitos e as transforma em ideogramas visuais, adivinhando-lhe o sentido como um todo. Nesse processo o contexto da palavra o ajuda enormemente. No quarto, o modelo de análise pela síntese, constrói-se unidades hierarquicamente maiores, a partir de unidades menores. Durante esse processo não linear, o leitor passa por fases em que o signi
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