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Vida e Obra de Gil Vicente
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VIDA E OBRA DE GIL VICENTE
Gil Vicente (1465? ? 1536): poeta e dramaturgo português. De sua vida pouco se sabe. Foi famoso como ourives, atraindo com suas obras de ourivesaria a atenção da rainha Leonor que se tornou sua protetora. Gil Vicente encenou suas primeiras peça em 1502. Exerceu na corte a função de organizador das festas palacianas. Seu prestígio foi grande a ponto de sentir-se à vontade para criticar o clero. Em conseqüência, teve algumas de suas peças censuradas pela Inquisição, por serem consideradas ofensivas à Igreja. A obra de Gil Vicente apresenta dois aspectos: o religioso e o profano. No primeiro, destacam-se os autos de moralidade, em que são oferecidos ensinamentos relacionados à moral cristã. Quanto ao aspecto profano, suas obras enfatizam a sátira, a crítica social e refletem as marcas de seu tempo. A obra vicentina completa contém 44 peças (17 escritas em português, 11 em castelhano e 16 bilíngües). Em ordem cronológica, vejamos as principais: _ Monólogo do vaqueiro (ou auto da Visitação) (1502); _ Milagre de São Martinho (1504); _ Auto da Índia (1509); _ Écloga dos Reis Magos (1510); _ Farsa O Velho da Horta (1512); _ Moralidade da Sibila Cassandra (1514); _ Farsa Quem tem farelos? (1515); _ Auto de Mofina Mendes (151); _ Primeiro Auto da Moralidade das Barcas (1517); _ Moralidade da Alma (1518); _ Segundo Auto da Moralidade das Barcas (1518); _ Terceiro Auto da Moralidade das Barcas (1519); _ Auto da Fama (1520); _ Comédia de Rubena (1521); _ Farsa de Inês Pereira (1522); _ Comédia de Amadis de Gaula (1523). A linguagem de Gil Vicente Gil Vicente emprega, em geral, a língua do povo, a língua de transição entre a arcaica e a clássica. Nas comédias, há passagens humorísticas e poéticas. Observa-se o uso freqüente de frases familiares, vocábulos populares como: guiolho, increu, somana, etc. No entanto, o vocabulário é rico e apropriado. As palavras pronunciadas por um clérigo ou um fidalgo não são as mesmas de um criado ou de uma feiticeira. Quanto à morfologia, observa-se na obra vicentina: _ uso da primeira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo ser é som; _ emprego de formas verbais como: arco (ardo), creçudo (crescido), ouvo (ouço), sodes (sois), etc; _ palavras, atualmente masculinas, empregadas no feminino: a planeta, a clima, etc.
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