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Níveis de Língua


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Níveis de Língua - Sociedade e Diversidade Geográfica
Uma língua não é algo estático que se estende, por igual, a várias regiões. Não só evolui com o tempo (variação diacrónica - do grego: dia + khronos = "através de" + "tempo"), como também apresenta variações consoante o indivíduo que a usa e a sua intenção discursiva. De um modo geral, este tipo de variações são de três ordens:
a Variação Geográfica ou Diatópica - (do grego: dia + topos = "através de" + "lugar")
variação que ocorre de local para local, característica de uma região ou até de um continente.
a Variação Sociocultural ou Diastrática - (do grego: dia + stratos = "através de" + "nível")
variação que ocorre entre as diversas camadas e grupos sociais e culturais.
a Variação de Modalidade Expressiva ou Diafásica - (do grego: dia + phasis = "através de" + "discurso")
variação que ocorre entre diferentes modos específicos de comunicar (certas linguagens específicas tais como a língua falada, a língua escrita e as linguagens especiais, como a gíria), e que ocorre de acordo com as diversas situações (variação entre a linguagem quando se fala com um juíz e com um vizinho no café).
Estas variações ocorrem a todos os níveis de uma língua: fonético, fonológico, morfológico, sintáctico, lexical... Não sendo a regra que as variações impeçam o processo normal da comunicação, em certos casos acontece os indivíduos não se entenderem.
Variações Geográficas
As variações geográficas são conhecidas como dialectos ou falares, que podem ser regionais ou locais. Podem afastar-se pouco da linguagem corrente, ou da chamada Língua Padrão (aquela que identifica a forma correcta de se falar numa língua), usando só alguns regionalismos (vocábulos ou expressões típicas de uma região), ou podem afastar-se tanto que mal são reconhecidas, sem, apesar disso, serem consideradas línguas.
Variações Socioculturais
Estas variações são conhecidas como níveis de língua, e são usadas por cada indivíduo de acordo com o seu nível social e/ou cultural, as suas intenções assim como a situação discursiva em que se encontra.
A linguagem corrente corresponde à norma, ou seja, é o nível de língua mais acessível e usado. Apresenta uma linguagem simples, fazendo uso de palavras, expressões e construções mais usuais de uma língua.

A linguagem cuidada faz uso de vocabulário e sintaxe elaborados, sendo aquela que mais se identifica com o ideal de correcção numa língua - a Língua Padrão.

A linguagem familiar faz uso de vocabulário e sintaxe simples e pouco variadas.

A linguagem literária faz uso de vocabulário e sintaxe muito elaborados e complexos, sendo extremamente rica e sugestiva.

A linguagem popular faz uso de um vocabulário muito próprio, recorrendo por vezes a regionalismos, gíria e calão. Em termos gramaticais, é muitas vezes incorrecta.

Variações de Modalidade Expressiva
Este tipo de variações vem, de novo, provar a artificialidade presente em tantas definições, que pretendem categorizar certos elementos e fenómenos. Os níveis de língua, mencionados no ponto anterior, existem em duas variantes: a língua falada e a língua escrita; que são, em si, variações de modalidade expressiva. No entanto, este tipo de variações são, talvez, mais observadas ao nível das linguagens especiais: gíria, calão, regionalismos e linguagem técnico-científica.
A gíria diz respeito a um conjunto de vocábulos e expressões, características de certos grupos socio-profissionais e classes sociais, a que se recorre quando a linguagem corrente não consegue dar resposta a certas necessidades da comunicação, ou quando se deseja manter um certo secretismo. Assim, existem gírias de estudantes, médicos, engenheiros; mas também existem gírias (em certos casos são quase dialectos) de homens, religiosos, mulheres.
O calão diz respeito a um tipo de linguagem comum nas classes mais baixas, sendo conhecida como uma "língua de rua" (português de rua, inglês de rua, francês de rua, etc).
Os regionalismos estão intimamente ligados à variação geográfica, sendo vocábulos e expressões características de uma dada região.
A linguagem técnico-científica diz respeito a um discurso que faz uso de um vocabulário específico e rigoroso usado por uma certa ciência ou técnica para descrever situações que lhes digam respeito.


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