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Georg Wilhelm Hegel. In: O Mundo de Sofia
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O filósofo Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em 1770, em Stuttgart. Hegel reuniu e desenvolveu quase todos os pensamentos surgidos entre os românticos. Hegel também empregou o conceito espírito do mundo, mas lhe atribuiu um sentido diferente do de outros pensadores românticos. Ao referir-se ao espírito ou razão do mundo, Hegel estava se referindo à soma de todas as manifestações humanas. Ele afirmou que a verdade é basicamente subjetiva e contestou a possibilidade de haver uma verdade acima ou além da razão humana. O filósofo acreditava também que as bases do conhecimento mudam de geração para geração e, por conseqüência, não existem verdades eternas. Ele acreditava que a razão é algo dinâmico e que fora do processo histórico não existe qualquer critério capaz de decidir sobre o que é mais verdadeiro e o que é mais racional. Hegel acreditava que quando se reflete sobre o conceito de "ser" não tem como deixar de lado a reflexão da noção oposta, ou seja, o "não ser" e que a tensão entre esses dois conceitos é resolvida pela idéia de transformar-se. Hegel atribuiu uma importância enorme àquilo que chamou de forças objetivas: a família e o Estado. Ele acreditava que o indivíduo é a parte orgânica de uma comunidade e que a razão ou o espírito do mundo só se tornam possíveis na interação das pessoas. Acreditava também que o Estado é mais que o cidadão isolado e mais que a soma de todos os cidadãos. Hegel acreditava ser impossível desligar-se da sociedade. Para ele, quem dá as costas à sociedade na qual vive e prefere encontrar-se a si mesmo é um louco. Ele afirmava que não é o indivíduo que encontra a si mesmo, mas o espírito do mundo. Hegel tentou mostrar que este retorna a si em três estágios: em primeiro lugar, o espírito do mundo se conscientiza de si mesmo no indivíduo (chama-se de razão subjetiva); depois, atinge um nível mais elevado de consciência na família, na sociedade e no Estado, (chama-se de razão objetiva); e enfim atinge a forma mais elevada de autoconhecimento na razão absoluta. E esta razão absoluta, para ele, é a arte, a religião e a filosofia, sendo esta última a mais elevada da razão. Somente na filosofia é que o espírito do mundo se encontra. Partindo desse pressuposto, a filosofia pode ser considerada o espelho do espírito do mundo.
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