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A CABANA
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Relato de um drama trágico de morte de criança ocorrida em período de férias familiares.O Soco irreversível no corpo e alma dessa família provoca una reflexão essencial: a saber , a do pai que,pega para si, afora a dor que sente, a responsabilidade de ter podido evitar o drama. A mãe da menina não estava presente no local do acidente e, a partir daí, todos passam a viver no mundo das sombras provocado pela perda do anjo em idade de brincadeiras e inocências. O pai é o grande personagem do livro.Aquele que vai empreender a longa e interminável peregrinação para a compreensão do ocorrido, sob o ponto de vista religioso ,tentando aqui uma harmonização à maneira como a esposa compreende os acontecimentos da vida, mesmo este ,referente à carne de sua própria carne. A caminhada é pedregosa, o marido não aceita de forma tão branda os dogmas da aceitação e da conformação propostas pela filosofia cristã. O pai anseia por descobrir quem teria sido capaz de perpetrar tamanha crueldade contra sua ´´bonequinha``, há nele sentimentos de vingança.Não que neles creia encontrar soluçao para aquilo para o que sabe não há mais volta , nem se chama ele Lázaro nem estamos vivendo entre Jesus, quando ele aqui esteve entre os homens e até milagres deste tipo realizou. Este homem passa a observar como a mulher se relacina com intimidade com Deus criador e toda a santíssima trindade.Ela chama a Deus de Papai como se fora seu pai terreno eisso lhe traz um enorme conforto espiritual.Intrigado com essa familiaridade estabelecida por sua mulher com o Criador.ocorre de um dia cair em profundo sono e sonhar com uma Cabana. Esta Cabana lhe aparece como uma possível chave para dirimir suas angústias.Nela encontraria respostas que lhe ajudariam a apaziguar a alma.Como se não fora sonho, encaminha-se para a Cabana , onde conhece três personagens, correspondentes às três partes da trindade.O pai é uma mulher, é gorda e é negra, logo absolutamente fora dos parâmetros pré-concebidos pela religião cristã. O livro procura subverter conceitos pré-estabelecidos.Além de considerar o drama pessoal do personagem acolhido na Cabana imaginária, o livro aproveita para discutir questões pertinentes ao campo da justiça.Sobre o estupro sofrido pela criança , o Pai eterno indaga ao homem de que forma ele conduziria o julgamento caso um filho dele se tratasse.O personagem fica sem respostas.É difícil julgar o próximo, quando ele é muito próximo a nós. A Justiça é difícil de ser feita e difícilé escolhermos sob qual ótica filosófica colocarmo-nos para que possamos nos sentir acima do Bem e do Mal. Será a justiça subjetiva??? O Fato é que os livros de auto-ajuda, ao contrário do que dizem, permitem o exercício do pensamento.Tudo depende de quem os leia.
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