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Parmênides: NASCE A METAFÍSICA E A LÓGICA
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Não se sabe ao certo, mas Parmênides nasceu em Eléia na Grécia. Até onde é sabido, ele não foi um seguidor, um colaborador de um mestre ou apenas um elaborador de um pré-pensamento, podendo ser considerado um homem inovador de pensamento avançado para sua época. Sua doutrina foi mostrada num poema cujo titulo é ?Da Natureza?, onde os sentidos para o filósofo eram considerados como enganadores e a multidão das coisas sensíveis eram dados como uma mera ilusão. Nesse poema foi atribuído três pontos importantes do seu pensamento, estes eram chamados de ?vias? à pesquisa, que eram: verdade absoluta, opiniões falaciosas ou da falsidade absoluta e a outra era a opinião plausível. Entender o pensamento deste filósofo não é tarefa simples. Vamos ver a seguir que uma expressão sua, que parece uma brincadeira de estudantes, constitui a base do pensamento lógico. Dizia Parmênides: O ser é e não pode deixar de ser; o não-ser não é e não pode deixar de não ser. Vamos aprofundar o sentido desta reflexão: Parmênides afirmava que o devir, o fluxo dos contrários, é uma aparência, mera opinião que formamos porque confundimos a realidade com as nossas sensações, percepções e lembranças. O devir dos contrários é uma linguagem ilusória, não existe, é irreal, não é. É o Não-Ser, o nada, impensável e indizível. O que existe real e verdadeiramente é o que não muda nunca, o que não se torna oposto a si mesmo, mas permanece sempre idêntico a si mesmo, sem contrariedades internas. É o Ser. Pensar e dizer só são possíveis se as coisas que pensamos e dizemos guardarem a identidade, forem permanentes. Só podemos dizer e pensar aquilo que é sempre idêntico a si mesmo. Por isso somente o Ser pode ser pensado e dito. Nossos sentidos nos dão a aparência mutável e contraditória, o Não-Ser; somente o pensamento puro pode alcançar e conhecer aquilo que é ou existe realmente, o Ser, e dizê-lo em sua verdade. O logos é o ser como pensamento e linguagem verdadeiros e, portanto, a verdade é a afirmação da permanência contra a mudança, da identidade contra a contradição dos opostos. Parmênides introduz a idéia de que o que é contrário a si mesmo, ou se torna o contrário do que era, não pode ser (existir), não pode ser pensado nem dito porque é contraditório, e a contradição é o impensável e o indizível, uma vez que uma coisa que se torne oposta de si mesma destrói-se a si mesma, torna-se nada. O filósofo defendia a tese que os sentidos atestavam o devir, o nascer e o morrer, do calor e do frio, do dinamismo e da estaticidade, portanto o ser unido com o não-ser daria todo o enraizamento do erro (opiniões falaciosas) pela admissão da simples probabilidade da coexistência e também da passagem de um (ser) para o outro (não ser) e vice-versa (do não-ser para o ser). Neste patamar, esse filósofo, afirma que reconhecia a possibilidade e a legitimidade do certo tipo de discurso que desse conta dos fenômenos e das aparências sem ir contra os princípios: o ser é e o não-ser não é. Para isso foi buscado, a seu modo, dar conta dos fenômenos expondo a opinião plausível além da falaciosa. Dizia que o erro dos indivíduos foi ter falado e concebido que, assim como o dia e a noite eram opostos, o ser e o não-ser também seguiria o mesmo raciocínio, porem foi observado no fragmento oitavo que as forças contrarias, pois tanto a luz quanto a escuridão são iguais, portanto são seres e não-seres. Então para finalizar, para Parmênides, o erro dos humanos está em não compreenderem que a força dos contrários está incluída numa força única superior, ou seja, numa unidade necessária, que se denominava a unidade do ser, pois as forças opostas são iguais e necessárias, pois em sua essência não carrega o nada e sim a igualdade de pertencer a força do ser. Parmênides teve uma grande importância nos estudos metafísicos devido as características encontradas em seu poema, foi também considerado o fundador da metafísica ocidental com a distinção do ser e do não-ser. Deixou uma forte base para todo o pensamento filosófico - cientifico da conceituação e da definição do ser e do não-ser. Portanto até hoje suas idéias ainda são questionadas a respeito do assunto abordado e do vir-a-ser, que é a mera ilusão.
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