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Ética a Nicômaco
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Aristóteles. Ética a Nicômaco O que é o bem e de qual ciência ele seria objeto? Na medida em que tudo (arte, investigação, ação e escolha) visa um bem, Aristóteles o define como aquilo para onde convergem todas as coisas e o sumo bem, como aquilo que é desejado por si mesmo nas coisas que fazemos. Como a finalidade da ciência política abrange as das outras ciências, é ela que se ocupa do bem humano. Ponto importante: a auto-suficiencia do bem absoluto diz respeito à cidadania e não a um só indivíduo. Qual seria o mais alto dos bens alcançáveis pela ação? Se a felicidade, como bem viver e agir é a resposta, não há acordo sobre seu significado pois para alguns ela equivale a honras, para outros a uma vida de gozos, etc. Aristóteles distingue então fins absolutos (como é o caso do sumo bem buscado por si mesmo e que não visa outra coisa) dos que não o são. Este também é o conceito de felicidade: algo buscado por si mesmo e não através das coisas. A felicidade é também definida como absoluta, auto-suficiente e não como um bem qualquer. Ela diz respeito então à excelência da ação, portanto é inerente à virtude e também é relativa à alma. É feita uma divisão dos bens em exteriores, relativos à alma ou corpo sendo mais verdadeiramente bens os relativos à alma. Certas ações e atividades são identificadas com o fim e incluem-se também entre os bens da alma. O homem feliz vive bem e age bem, e a ênfase no agir dissipa confusões entre felicidade e por exemplo: prosperidade (considerada importante), estado de ânimo etc. As ações virtuosas são em si mesmas aprazíveis, mais duráveis que o conhecimento das ciências, mais valiosas e fornecem maior resistência para o homem suportar agruras da vida. Elas são consideradas provenientes da alma e não do corpo. Na alma encontram-se paixões, faculdades e disposições de caráter. Estas últimas envolvem a forma como somos capazes de sentir as paixões e exercer as faculdades. A noção de escolha vai ser fundamental para colocar a virtude como disposição de caráter. Comparada à arte que alcança sua excelência na conquista do meio termo, a virtude para Aristóteles é uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consiste numa mediania. Esta mediania é relativa a nós e determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. Quanto ao político, ele deve saber o que diz respeito à alma para atingir os objetivos próprios da ciência política.
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