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ASSIM FALAVA ZARASTUSTRA


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Para quem não conhece a história, se faz necessário um breve comentário sobre Zaratustra, para posteriormente adentrarmos a obra de Nietzsche.
Zaratustra, na versão grega Zoroastro, foi um profeta nascido na Pérsia em meados do século VII a.C. Foi o fundador do Zoroastrismo, religião adotada oficialmente pelos Aquemênidas (558 ? 330 a.C). Segundo a dominação grega, seu nome significa contemplador de astros.
Na doutrina de Zaratustra, antes da criação do mundo, reinavam dois espíritos antagônicos: os do Bem (Ahura Mazda, Spenta Mainyu, ou Ormuz) e do Mal (Angra Mainyu ou Arimã). A luta entre Bem e Mal origina todas as alternativas da vida do universo e da humanidade.
Como figura central da obra de Nietzsche, Zaratustra procura aproximação com os homens em todos os níveis sociais e comprova, fracassos, desilusão e humilhação. Observa que em todos os casos, é inexistente o sorrir, o dançar o ver a própria alma, e Zaratustra com isso, faz opção pela companhia dos animais para prosseguir sua busca pelo verdadeiro homem.
Nesse trabalho, narrando as andanças e ensinamentos de um filósofo, que se auto-nomeou Zaratustra após a fundação do Zoroastrismo na antiga Pérsia, o autor explorar suas idéias de forma poética e fictícia, satirizando o Novo testamento.
Nietzsche ressaltar as necessidades de mudança na sociedade e no homem, que ao longo do tempo foram se desgastando pela maldade humana. O autor faz uso de metáforas para abordar temas das transmutações de valores para erradicação dos males sociais, libertação do homem em busca do verdadeiro homem ou super-homem.
Nessa obra nos leva a refletir sobre o passado, nosso presente e sobre o que pretendermos ser no futuro.
Com grande maleabilidade, as histórias em Zaratustra podem ser lidas em qualquer ordem, sem prejuízo de interpretações, pois são postas em episódios.
Em todos os episódios nos deparamos com grandes reflexões. Elencaremos alguns, a título ilustrativo, respeitando criteriosamente os escritos do autor.

Sobre Aqueles Que Acreditam No Além. ?Conheço por demais esses homens que se consideram semelhantes a Deus. Querem que se acreditem neles e que a dúvida seja pecado. Também sei muito bem no que é que eles próprios acreditam mais?.
Daqueles Que Desprezam O Corpo. ?Há mais razão em teu corpo do que em tua melhor sabedoria. E quem sabe por que é que teu corpo necessita precisamente de tua melhor sabedoria??
Do Pálido Criminoso. ?Uma coisa, porém, é o pensamento, outra o ato, outra ainda a imagem do ato. A engrenagem da causalidade não gira entre eles?.
Do Amigo. ?És escravo? Então não podes ser amigo. És tirano? Então não podes ter amigos?.
Do Amor Ao Próximo. ?Meus irmãos, eu não vos aconselho o amor ao próximo; aconselho-vos o amor ao longínquo?.
Dos Compassivos. ?E se um amigo te fez mal, diz-lhe: Eu te perdôo o que me fizeste, mas se o tivesse feito a ti mesmo, como poderia te perdoar??
Da Canalha 1. ?E voltei costas aos governantes assim que vi o que hoje chamam governar: tráfico e negociação de poder ? com canalha?!
Da Canalha 2. ?Como um enfermo que ficou surdo, cego e mudo, assim vivi muito tempo, para não viver com a canalha do poder, da pena e dos prazeres?.
Da Vitória Sobre Si Próprio. ?Mandar é mais difícil do que obedecer. E não somente porque aquele que manda suporta o peso de todos os que obedecem e essa carga facilmente o esmaga, mas porque descobri que mandar é um perigo e um risco. E sempre que manda, o ser vivo se expõe a si mesmo?.
Do Imaculado Conhecimento. ?Ousais em primeiro lugar acreditar em vós mesmos, em vós e em vossas entranhas! Aquele que não crer em si mesmo mente sempre?.
Dos Grandes Acontecimentos. ?O Estado é um cão hipócrita como tu. Com tu, gosta de falar com rugidos e fumaça para fazer crer que sua voz, como a tua, sai das entranhas das coisas.
Porque o Estado quer ser a todo custo o animal mais importante da terra. E consegue fazer o povo acreditar que o seja?.

Antes do Nascer do Sol. ?Não és tu a luz que reclama meu fogo? Não és tu a alma irmã de minha inteligência??
Da Passagem. ? Desprezo teu desdém e já que me prevines, porque não te preveniste a ti mesmo??
Dos Renegados. ?O resto é sempre em grande número, o cotidiano, o supérfluo, os que estão de mais. Todos eles covardes!?
Das Antigas E Das Novas Tábuas. ?Há muitos caminhos e meios para realizar essa superação. Cabe a ti escolher. Só um palhaço de circo pensa que por cima do homem também se pode saltar?.
O Convalescente. ?O maior mal é a melhor força do homem, a pedra mais dura para o mais alto criador. É preciso que o homem se torne melhor e mais mau?.
Do Homem Superior. ?Homens superiores, aprendei isto comigo: na praça pública ninguém acredita no homem superior. E se teimais em falar, a plebe pisca os olhos e diz: Todos somos iguais?.

Bibliografia:
NIETZSCHE
, Friedrich Wilhelm ? ASSIM FALAVA ZARATUSTRA: Um livro para todos e para ninguém, Tradução Ciro Mioranza ? Ed. Escala ? São Paulo ? SP. Coleção Grandes Obras do Pensamento Universal ? 1.


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