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O Anticristo


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Quando Friedrich Nietzsche pensou seu Anticristo (1888), deixou bem explícito que esse é um livro para raros leitores. Nietzsche tinha razão! Só deverá ler O Anticristo aquele ou aquela que é probo nos negócios do espírito; portanto, O Anticristo não é um livro para qualquer um(a). Esse livro fala da Modernidade doente, do homem doente e, eu acrescento, da mulher doente.De uma Modernidade que, desde os tempos de Nietzsche até hoje, perdeu sua sede de eudaimonia (no sentido socratiano do termo) legítima. Uma Modernidade, aqui representada pela raça humana que alienou sua impetuosidade de criar, de se autolibertar, de não se deixar domesticar e massificar, mas que se tornou o conhecido homem-cristão. Cristo, Cristianismo e Cristão: o homem que morreu na cruz, não para salvar a humanidade, mas para servir de exemplo...e foi mal interpretado; a doutrina da Igreja que decepou os homens e mulheres, através da manipulação de suas consciências...e nunca foi culpada; o i ndivíduo que se deixou depravar e se tornou um fracassado, que até os dias atuais não con seguiu se libertar...ainda não foi libertado. Nietzsche foi um homem diferente de seu tempo. Talvez, o maior homem cognoscente de seu tempo. Em O Anticristo , Nietzsche não grita nem blasfema. Nietzsche simplesmente pensa!


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