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A rebelião das massas
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O autor afirma que nossa época é, antropologicamente, dominada pelo homem-massa: criatura encolhida em sua própria cápsula vivencial. Este menospreza e detesta tudo o que não se lhe assemelha, ou seja, todos os homens que buscam a própria superação. O homem-massa é herdeiro de todas as consecuções da Tradição, mas, desdenha do passado, pois, toma a civilização como a um fato da vida, auto-suficiente e inexorável. Assim, desconhece o que é a civilização, não faz idéia do que ela provém e nem do que se mantém. Ignora as noções mais elementares da Democracia, imaginando-a como um regime plebiscitário. O homem-massa quer fazer crer que é merecedor de todas as benesses, e, que suas elucubrações e palpites valem por verdade, a despeito de qualquer razão. Se imagina em condições de colher os frutos da civilização, ao mesmo tempo em que, dissolve seus elementos constitutivos e elimina suas condições objetivas de existência ? em suma, precipita a sociedade na barbárie do pensamento teúrgico e dos laços tribais. O homem-massa domina o trabalho contínuo e organizado, e assim, criou um estado poderoso e eficiente, capaz de assegurar a ordem e fazer valer a lei. Mas, este mesmo homem-massa periga em se tornar escravo de sua própria criação. O homem-massa simpatiza com o estado, em particular, com o caráter impessoal e anônimo do poder estatal ? daí, o estatismo. Quando o homem-massa se abandona a estatolatria, na verdade, está cultuando o seu próprio jeito de ser. Neste momento, o homem-massa transforma o próprio triunfo em derrota, visto que, o Estado plebiscitário é tão despótico quanto qualquer tirania. Investido da outorga delegativa do consenso das massas, o tirano popular passa a triturar toda e qualquer oposição, e fazer convergir a si todas as riquezas e potenciais da nação. O término de uma tal tirania redunda no esmagamento da própria civilização, que desprovida de seus próprios elementos constitutivos, começa a se desmantelar. Apenas o homem contemporâneo consegue sustentar a civilização, pois, carrega dentro de si a síntese de todos os tempos, que pulsam sob seus pés, e, o fazem compreender como chegamos aqui e os perigos que podem por tudo a perder. E, o mais importante: ele sabe qual é a fonte da civilidade, e assim, como mantê-la viva e pujante.
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