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RESPOSTA A UM JORNAL PORTUGUÊS


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Maus começos 0:00 | Segunda-feira, 17 de Dez de 2007 Link permanente: x No passado dia 7, houve festa em S. Paulo. Motivos? Pela primeira vez desde 1999, o Governo não registou qualquer homicídio. A notícia é simultaneamente cómica e trágica, por motivos evidentes que nem vale a pena esmiuçar. Mas talvez valha a pena inquirir como se chegou até aqui, ou seja, aos cinco mil homicídios que o Estado brasileiro regista nos seus melhores anos. Especialistas na matéria costumam aduzir as razões costumeiras: desigualdades económicas; sobrelotação das prisões; insustentável crescimento demográfico. Facto. Mas talvez valha a pena acrescentar o desleixo com que os governos federais e estaduais olharam para o crime organizado quando ele começou a crescer em finais dos anos 60, seguindo o fenómeno mais precoce do Rio. Hoje, não existe nenhum especialista sério que acredite genuinamente na polícia para resolver um problema insolúvel. Desde logo porque a polícia deixou de ser a solução a partir do momento em que passou a ser parte do problema, por conivência e corrupção. Não admira que, à esquerda ou à direita, a discussão já não passe por ela. A discussão recorrente passa muitas vezes por saber se o crime urbano deve ser coutada específica do exército. Portugal está longe do brasil. Mas existe na tragédia brasileira uma lição para Portugal, que começa a dar os seus primeiros passos no crime organizado: quando não se dá fim a um começo, isso pode representar o começo do fim. Desde Julho, foram abatidos entre nós quatro ' homens da noite' de forma organizada e brutal. Por vingança, certamente. Mas também porque a cidade do Porto está dividida em 'territórios', que as 'máfias' controlam, exercendo aí os seus 'direitos de suserania' e punindo quem os 'invade'. Esta conversa devia bastar para que a nossa gente enterrasse os seus clichés ideológicos e procurasse lidar com o fenómeno enquanto ele ainda está na infância. Fatalmente, as reacções oscilam sempre entre a displicência (da esquerda) e a histeria (da direita), o que impede qualquer consenso racional. Não, o Porto não é Chicago. Mas o Porto também já não é a cidade pacata que exige uma 'polícia de proximidade'. A cegueira dos próceres, ontem como hoje, é o solo ideal para os maus começos florescerem. Liberdades
E por falar no Porto: não sou um amante de Manoel de Oliveira. Mas é difícil resistir à brilhante entrevista que Maria Bochicchio fez com o 'Mestre' no último EXPRESSO (depois de uma antológica conversa com Cesariny, a última do poeta, precisamente há um ano). Razões? A ironia do homem, que seguindo os ensinamentos estóicos sabe que a morte nos sorri a todos; e que o mínimo que podemos fazer é sorrir-lhe de volta. E Oliveira, aos 99, lá vai sorrindo, todas as noites, quando se deita na cama e só pensa em morrer de insónia. Mas o momento quente da entrevista aconteceu com a passagem inflamada do cineasta, a condenar o sexo 'desvirtuado' de homens com homens e mulheres com mulheres. Um disparate? Seja. Mas esse não é o ponto. O ponto é que, na era da histeria em que vivemos, é no mínimo libertador encontrar alguém que diz o que entende sem o medo infantil das patrulhas. João Pereira Coutinho LoadActualFontSize();MagnifyText(0);

Péssimas continuações !

(magnus amaral campos, 1 ponto , 12:04 | Segunda-feira, 17 de Dez de 2007)

Caro João Pereira Coutinho,
A sacanagem aquí no Brasil é endêmica . Começou com o sequestro de bens feito pelos jesuítas quando da chegada de Maurício de Nassau contra os judeus holandeses. Depois, o Marquês de Pombal sequestrou o dinheiro dos jesuítas e assim foi.
Quando Dom João e sua esposa ( tem um filme feito aqui no Brasil com o nome dela, parece que Dona Carlota Joaquina - que comeu uma porção de brasileiros, afora o que matou ) aquí chegaram fugidos de uma possível invasão de Portugal por Napoleão Bonaparte, colocavam placas nas casas " O rei de Portugal vai ocupar esta casa !" e os brasileiros saiam contentes de suas casas para entregar ao rei ( era em verdade pra abrigar todas as pessoas ( comitiva ) que vieram de Portugal para cá ) . Continuou com o fato de Dom João não ter dinheiro e pegar emprestado das pessoas com dinheiro que haviam aqui . E , posteriormente, como não tinha como pagar , dava títulos honoríficos em troca das dívidas . Assim , temos " condes " , lém de outros títulos. Parece ter sido um dos " Dom Pedros " que comprava cavalos coxos , ferrava com a marca da coroa portuguesa e os levava a leilão , arrecadando muito mais do que havia pago por ele.
Em suma, a sacanagem sempre comeu solta aquí no Brasil .
Nossos governantes tiveram bons professores. Ah, a Dona Carlota Joaquina, ou seja lá que nome tinha , teve alguns filhos bastardos. Enquanto ela comia brasileiros, o marido dela comia 12 frangos por dia. Ao chegar em Portugal, na volta , fôra presa sob alegação de " loucura ". E quando saiu do Brasil, deixou aquí até as suas sandálias dizendo " Maldito País. De tí , não quero levar nem a areia. ".
Forte abraço.
Magnus Amaral Campos



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