Uma Hipótese Empírica para o Problema Mente-Corpo* Este texto é uma síntese da posição de Thomas Nagel da hipótese empírica da necessidade da identidade entre estados mentais e estado cerebrais. Se a aparência da contingência na relação mente-cérebro é ilusória, então a tese de que mente e cérebro estão contingentemente relacionados fica enfraquecida dando mais credibilidade à hipótese empírica de que os estados mentais são estados cerebrais. Neste texto mostra-se como o argumento para a aparência da contingência não colhe e descreve-se em termos abstratos o caráter lógico e conceptual de uma teoria empírica futura que explique a necessidade da identidade psicofísica. O caminho a percorrer é o seguinte: inicialmente esboça-se o argumento (modus tollens) de Saul Kripke apresentado em Naming and Necessity (Kripke 1980) na versão identidade particular-particular; depois dá-se relevo à segunda premissa do argumento, na medida que é sobre esta que se centram as objeções de Nagel; em seguida, e até ao final, sintetiza-se a posição de Nagel relativamente à hipótese da necessidade da identidade psicofísica.