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GUY DEBORD CONTRA-ATACA O MUNDO DO ESPETÁCULO
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É um fato. Vivemos hoje num mundo confuso, sem direção, desinformado. Por mais que tenhamos à mão a mais alta tecnologia para receber, enviar e trocar informações, cada vez fica mais difícil saber a verdade. Nascido em 1931, Guy Debord, o pensador francês que nem se deixava fotografar, já havia levantado essa lebre em 1967. Veja, estamos em 2007. Quanta coisa aconteceu nesse tempo, de grande importância, e ficou por isso mesmo? Pense nos assassinatos, nos atentados, na Copa do Mundo da França, nas falcatruas políticas, nas guerras, etc. Pergunte a opinião de alguém sobre um acontecimento e verá que os absurdos são caudalosos, plantados pelos ?desinformantes?. Guy Debord, no livro A Sociedade do Espetáculo, diz assim: ?(...) a desinformação se desenvolve agora num mundo onde já não há espaço para nenhuma verificação?. É verdade. Quando surge uma notícia quente sobre um poderoso corrupto, as partes interessadas tratam logo de sujar a fonte, jogando nela a desinformação. E, tão logo alguém tentar fazer a verificação do que realmente aconteceu, as partes interessadas contra-atacam com alguma outra notícia ?bombástica? para que ninguém saiba o que está se passando. E, se alguém acha a verdade e tenta publicar, um novo escândalo aparece do nada. E empana a notícia anterior. A mentira de se estar ?bem informado lendo tal jornal? é patente quando se confronta os interesses comerciais e políticos do veículo. Não há nem pode haver isenção por parte dos donos da mídia. Políticos são donos de jornais, revistas, televisões e rádios. Hoje se tornou idiotice dizer que existem esquerdistas e direitistas, comunistas ou democratas. A fantasia serve pra qualquer um em determinado momento. O mimetismo é total. O que temos hoje são ?dissimuladores? em todos os níveis da vida pública ou privada. E ?diluidores? das opiniões, dos fatos, dos acontecimentos. Guy Debord aborda esses aspectos e muitos outros de real importância no livro A Sociedade do Espetáculo ? da Editora Contraponto ? 1997. Talvez se ele for mais lido e compreendido, mais gente consiga ficar antenada e ?informada? sobre como se dissemina a desinformação num mundo de tanta tecnologia. Por mais estranho que pareça, quando Guy Debord morreu, em 30 de novembro de 1994, foi primeira página de quase toda imprensa francesa, tratado como um dos mais importantes pensadores do século XX. A televisão exibiu o documentário ?Guy Debord, sua arte e seu tempo? e o filme-documentário ?A Sociedade do Espetáculo?. A ironia do episódio: a mídia havia ignorado, de propósito, o pensador durante toda sua vida. Mas promoveu, por sua morte, um espetáculo na Sociedade do Espetáculo ? que foi tão chacoalhada pelo ?doutor em nada? ? como Guy Debord se definia. ............... Abraços, Rui Werneck. Procure mais novidade por aí. Digite RuiWerneck ou Rui Werneck no PROCURAR do Shvoong e leia meus outros resumos e traduções de poemas.
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