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A Política
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Partindo de uma concepção teleológica e naturalista, Aristóteles concebe a via da política, como a única capaz de levar o homem à forma mais excelente de vida em comunidade, alcançando o bem viver (eu zen) humano na polis. O homem é naturalmente um animal político (zoon politikon), nasceu para a vida cidadã. Só o homem, dentre os animais, possui a linguagem e será o discurso que tornará claro o útil e o prejudicial e, por conseguinte, o justo e o injusto. A comunidade destes últimos, sentimentos próprios dos homens, é que formará a cidade, a polis. Será pela práxis o caminho para a formulação de um discurso ético-político: "Tal como o homem é o melhor dos animais quando atinge o seu pleno desenvolvimento, do mesmo modo, quando afastado da lei e da justiça, será o pior. A injustiça armada é, efetivamente, a mais perigosa; o homem nasceu com armas que devem servir a sabedoria prática e a virtude, mas que também podem ser usadas para fins absolutamente opostos. (...) A justiça é própria da cidade, já que a justiça é a ordem da comunidade de cidadãos e consiste no discernimento do que é justo." A instituição política não nasce de uma produção humana, não é fruto de uma arte, de uma tekcne, ao contrário, o homem que é fruto desta. A polis é ontologicamente anterior ao indivíduo, pois o todo é anterior às partes. Considera que a vida humana possui um fim (telos) e o fim de algo é o próprio bem deste e este é para os homens a felicidade (eudaimonia) e não pode haver felicidade individual sem felicidade pública, ou seja, o bem comunitário, a auto-suficiência (autarkheia).
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