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Dialética do Esclarecimento
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Os principais filósofos da Escola de Frankfurt perscrutam como a razão ou os produtos originados pela razão onerou o processo de saída do obscurantismo intelectual. O esclarecimento prometido pela Filosofia das Luzes no século XVIII converteu-se em mito com as mesmas funções assertivas e controladora que ela dispôs a combater. A obra "Dialética do Esclarecimento", publicada em 1947, apresenta as inquietações, as críticas e as refutações acerca de um mundo regido pelo espírito cientificista apoiado no discurso do progresso e de metódos civilizatórios que dominam a natureza e o indivíduo. O livro divide-se em cinco capítulos: O Conceito de Esclarecimento, Ulisses ou Mito e Esclarecimento, Juliette ou Esclarecimento e Moral, A Indústria Cultural e a última parte Elemento de Anti Semitismo- Limites do Esclarecimento. A divisão evidencia como a razão, o conceito que deve ser questionado, surge com a constituição do sujeito que remonta as narrativas mitológicas. Com Ulisses o ser humano já se modela entre o que comanda- o propietário- e o que obedece - o trabalhador. Nesse período a divisão do trabalho estabelece a dicotomia trabalho sério-fruição artística. Em outro momento da obra Nietzsche e Sade são apontados como os grandes desconstrutores da razão como soberana do mundo. O perigo de uma razão sempre atenta e calculadora conduz a apropriação e administração da cultura e da arte por agentes formuladores de uma "indústria cultural" que prevê e manipula a arte como mercadoria, desfazendo-se da oposição entre "alta cultura" e cultura popular". A obra dos frankfurtianos permanece autêntica e relevante diante de uma civilização na qual o vale-tudo da arte, as barbáries sistemáticas e as guerras desleais predominam ao invés da solidariedade, dos direitos e do acesso a arte autonôma.
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