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Página Principal : Estudos de Religião
Qual Deus? Qual Igreja? A Verdade é a Vida!
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A Igreja hoje tem medo; está perdendo consenso entre as massas, vocações e crédito. É cada vez mais evidente que os mortos não estão de facto mortos. Os dois mundos, o dos ?vivos?, ou seja, a crosta terrestre, e o dos assim chamados "mortos" estão fundindo-se e os contactos recíprocos aumentam cada vez mais sem necessidade de intermediários ou supostos representantes de Deus. O poder mantem-se intacto desde há séculos graças a uma informação parcial que exalta sempre o dualismo em qualquer âmbito: o bipolarismo na política, a divisão entre ciências e religiões, entre bem e mal, entre consumidores e produtores, etc. Com o primeiro dogma da consubstancialidade, a igreja estabeleceu o dualismo que ainda prevalece, a divisão entre Homem e Deus, entre natural e sobrenatural. A divisão tornou-se tão óbvia que muitos intelectuais leigos falaram de Estado livre e Igreja livre. Todavia os comportamentos individuais, sociais e políticos não podem prescindir do significado que nós humanos damos à vida, ao nascimento e à morte. São questões fundamentais que a sociedade não pode mais adiar ou fingir de ignorar. Em 1600 Giordano Bruno foi queimado "a pedido" da inquisição por heresia. Qual heresia? Nunca foi tornada pública: dizia respeito ao sacramento da eucaristia, a comunhão entre Homem e Deus de que a Igreja Católica se proclama gerente exclusiva. Para Giordano Bruno a comunhão é natural, é a verdadeira Luz que une e dá vida a infinitos mundos. Assim Bruno negava o papel da Igreja, a sua pretensão em ser a "voz de Deus sobre a Terra". Da verdadeira Luz, falam os Evangelhos, a Divina Comédia, Giordano Bruno e muitos outros sábios. Hoje a astrofísica descobre um novo tipo de Luz e chama-a energia escura: é uma enorme massa, cerca de 70% da massa total. É tão importante que é capaz de acelerar a expansão do universo inteiro em apenas dez anos. A notícia surge, mas não causa reação significativa. Até mesmo os chamados "especialistas do espírito" ignoram a força fraca, a única que une e anima todos os tipos de matéria. Hoje vivemos numa enorme mudança. A percepção humana está estendendo-se para mundos infinitos. O nosso cérebro pode entrar em contacto com eles, chegando mesmo a compreender que são mundos inteligentes, regidos por leis físicas naturais diversas das do mundo visível, porque compostas da formas de matéria diversas. São diversas, mas não desligadas daquilo que nos compõe. Basta aprender a usar ambos os lados da Força, a Vida, deixar de dividir entre bem e mal, sentir a unidade orgânica. O Homem é célula especial do Uno, do Ser Orgânico que é o inteiro Universo. Como cada célula condivide a inteira informação do Organismo. A visão orgânica arrasa todas as religiões e requer uma profunda revisão do método científico, a sua arrogante pretensão de excluir a inteligência do Universo total. A verdade é a vida! Segundo a mentalidade comum, a vida è tanto a de um corpo como a de um embrião. Qual Deus eterno pode condenar um ser humano às penas do inferno, depois do pobrezinho ter vivido poucos decénios na maior das ignorâncias? Qual Deus, infinitamente bom, teria criado o sexo, para depois impedir o seu uso? E finalmente qual Deus pode ter necessidade de embriões? Não certamente o Uno que gera infinitos mundos. Se, depois de mais de um milénio de poder temporal incontestado a Igreja reclama ainda maternidades sofridas, representa não o Uno, mas um deus menor. Também o deus menor é parte do Uno, mas a parte não é o todo. E coincidentemente a parte, neste caso, é o que aumenta as restrições e, especialmente, o sacrifício das mulheres. "A Igreja é inteligente", comentavam os frades franciscanos perante a notícia da perda da sua autonomia secular. Plenamente de acordo. A Igreja é muito inteligente. Exerceu o controle diário, dia e noite, sobre o indivíduo, dividindo-o entre um bem e um mal que, vistos numa perspectiva global, são privados de significado. As poucas sociedades pacíficas, por exemplo, os Etruscos, prosperaram alicerçados na consciência da imortalidade, no sentido da unidade com o todo que faz desaparecer qualquer divisão. Hoje temos não só o testemunho de grandes poetas, como Homero e Dante, que visitam e descrevem os infernos, mas também de tanta gente que sente a viva presença dos seus entes queridos extintos e conseguem até "ver" com a vista interior o seu mundo, semelhante àquele descrito pelo filme Mais Além dos Sonhos. Ignorando a loucura de um mundo com milhões de mortos à fome em cada ano, a política combate o terrorismo. Com as suas actuais ingerências, a Igreja no fundo está ajudando-nos a ver o verdadeiro engano, a parte da informação que finge ignorar a essência da vida: a eternidade Com a crescente intensidade da Força da Vida, hoje quem quiser pode descobrir o verdadeiro Deus, o Uno, dentro di si...
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