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Anda Na Minha Presença 01


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"O texto bíblico para a mensagem de hoje está no livro de Gênesis 22:1 e 2: "Depois dessas cousas pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão. Este lhe respondeu: Eis-me aqui. Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei."

Esta é a história da grande provação de Abraão. Ao longo da jornada, desde a terra de seus pais, até a terra que Deus lhe mostrou, o Senhor foi preparando a Abraão para o grande momento. O processo educativo de Abraão envolveu escorregões, momentos dramáticos, tristes, momentos em que ele sentiu que nunca conseguiria alcançar o ideal e Deus!

Meu amigo, na Bíblia achamos histórias maravilhosas de homens como Enoque, em cuja vida não há registro de quedas, e que finalmente, foi trasladado vivo para os Céus. Agora, o erro não deveria servir para desanimar-nos, afundar-nos, ou criar em nós o complexo de derrota e de conformismo. Erros não são para serem explicados, mas para serem aceitos, reconhecidos, assimilados e colocados em nossa experiência como parte do processo educativo. Não tenha medo de errar, mas tenha pavor de permanecer no mesmo erro. Não tenha medo de escorregar, mas tenha pavor de continuar escorregando sempre no mesmo ponto.

Abraão teve erros, quedas, momentos de solidão e desespero, mas agarrou-se ao Pai, andou com Deus e aos noventa e nove anos Deus Se apresentou e lhe disse: "...anda na minha presença, e sê perfeito." (Gênesis 17:1)

Deus lhe entregou o segredo de uma vida vitoriosa: "Anda comigo e sê perfeito." Deus o estava preparando para o grande momento da provação. Anos depois, Deus Se apresenta e diz: "...Toma teu filho, teu único filho... vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto..." (Gênesis 22:2)

O texto de hoje nos traz três grandes lições. A primeira delas é o compromisso do Pai e do Filho no processo da salvação. Geralmente quando pensamos na salvação, pensamos que o Pai é intransigente, castigador e implacável, e o Filho é perdoador, intercessor e bonzinho. O Pai, pensamos, é o justiceiro que tem uma lei e pune o desobediente. O Filho é aquele que ama, que veio morrer em lugar do homem e apresenta o Seu sacrifício diante do Pai. Mas a primeira lição do texto que acabo de ler é o compromisso do Pai e do Filho, juntos, no processo da salvação. Pergunto, quem sofreu mais, na montanha do Calvário, o Filho que estava morrendo ou o Pai que não podia fazer nada para poupar o sofrimento do Filho?

Nunca vou esquecer a cena dolorosa de um pai abraçando o cadáver de seu filho, morto num trágico acidente. O pai dizia: "Oh, filho, por que teve que ser você? Ah, se eu pudesse dar minha vida em substituição à sua. Eu já vivi tudo que tinha direito, você só tem vinte anos. Ah, filho, por que Deus não aceita que eu morra em seu lugar?" Você tem um filho? Daria a vida por ele? Imagine seu filho se afogando no mar e você incapaz de fazer alguma coisa para salvá-lo. Conheço histórias de pais que morreram afogados para salvar seus filhos. De pais que morreram atropelados depois de empurrarem seu filhos para salvá-los da morte. O filho salvou-se e o pai morreu. Mas na montanha do Calvário, havia um pacto de amor e em nossa mente, pensamos às vezes, inconscientemente, que a pessoa da divindade que mais nos amou foi o Filho que veio e deu Sua vida por nós. Mas hoje quero convidá-lo a pensar um pouco no Pai que no pacto eterno do processo de salvação assumiu o papel mais doloroso: ver o Filho morrendo e não poder fazer nada.

Na grande provação de Abraão, Deus estava preparando o profeta para ser o Pai da Fé, a inspiração para os cristãos de todos os tempos. Abraão precisava viver o momento doloroso que o Pai viveu no Calvário. Por isso Deus lhe disse: "...Toma teu filho, teu único filho... vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto..." (Gênesis 22:2)

 Imagine-o vendo o filho na flor da vida, caminhando rumo a morte. Imagine-o chegando ao topo da montanha. O filho pergunta: "Pai... eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro...?" (Gênesis 22:7)

Imagine Abraão ter que dizer: "Filho, você é o sacrifício." Naquele momento, Abraão estava simbolizando o Pai e Isaque simbolizava o Filho, que voluntariamente se colocou sobre o altar.

Pergunto novamente: quem sofria mais? O Filho ou o Pai? O preço que o Pai teve que pagar para salvar o homem foi muito grande. É por isso que hoje, Pai, Filho e Espírito Santo, sofrem. Eles têm a capacidade de ver a história da sua vida, seus fracassos, suas derrotas, suas promessas não cumpridas. Sabe por que Jesus morreu na cruz do Calvário? Não foi a lança que furou Seu peito, nem o sangue que caiu de Sua fronte; foi o sofrimento. Seu coração não suportou. Explodiu de dor, sabe por quê? Porque lá da cruz Jesus já olhava para nós e perguntava: "Filho, estou fazendo tudo para salvá-lo e você está se perdendo. Diga-me que mais você quer que Eu faça?


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