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Marujo (folclore brasileiro 6)
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Marujo O figurante marujo veste-se à marinheiro. Com relação à cobertura,há duas alternativas: boina ou boné, ficando a escolha a critério do grupo. E sinal distintivo. Em vez de conduzir o rosário a tiracolo, este é agora amarrado à cintura, paralelo à correia da calça. Na cantoria, recordam-se versos do romanceiro intitulado Nau Catarineta, em que se exaltam os portugueses em suas arrojadas aventuras mar adentro e proclama-se a fé destes no cristianismo. Há versos que falam das tarefas próprias de navio, com nomenclatura específica de navegação: a bombordo! a estibordo! Além de instrumentos de percussão, comuns a todo o Congado, a guarda de marujos emprega violas de doze cordas. Durante a exibição, fazem-se embaixadas. No caso de malogro destas, passa-se, então, à rezinga, que é luta de espada entre dois embaixadores, um azul outro vermelho, sempre com vitória do primeiro. Neste quadro, é visível a influência carlovíngia de procedência européia, tal como se vê, por exemplo, na cavalhada, onde se faz encenação guerreira de mouros ou sarracenos e cristãos. Os embaixadores se distinguem pela roupa luxuosa, à antiga, sobretudo pelo chapéu de duque - um azul e o outro vermelho - e pelas faixas de cetim, muito vistosas, que igualmente acompanham a cor dos representantes daqueles dois grupos rivais. Dentro da Irmandade do Rosário, o marujo tem a função histórica de rememorar a longa e dolorosa travessia marítima da África para o Brasil. . . . Referência: MARTINS, Saul. Congado: Família de sete irmãos. Belo Horizonte, SESC, 1988. p.31
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