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Mediunidade
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Mediunidade
Não há lirismo em ser médium. Na verdade, o médium é comparado a um ermitão que vive isolado num ambiente repleto de gente, sejam eles vivos ou não, (no sentido orgânico do termo). Ele se sente incompreendido. Há um sentimento de incompreensão generalizado em sua vida. Muitas vezes é como se estivesse revivendo uma odisséia, com gestos altruístas, um comportamento heróico. "Mostre-me um herói e eu lhe direi: este terminou sua busca". Então, se o sentido da vida deve ser vivido silenciosamente, não deve esperar reconhecimento e manter-se forte o bastante para prosseguir a jornada estabelecida por ele mesmo. Há um aspecto de monge como se estivesse eternamente doando, alguma coisa. O que ele dificilmente tem consciência, é que o eternamente não passa de uma brevidade. Ser médium é assunto muito sério, é um compromisso que você assume que o remete quase às raias da obrigação, você é levado pelo sentimento de realização:"não importa como, tenho que fazer". E quando não o faz, adoece, desequilibra-se, perde o rumo, perde o sentido, malgrado a criação. Em suma, passa a culpar o mundo, como qualquer ser humano normal.
O fato de muitos médiuns não se darem conta de que são médiuns, não muda a urgência e necessidade do trabalho. O que é lamentável porque assim não se preparam para amparar, encaminhar, consolar ou o que mais tenham se proposto a fazer pelo próximo, antes de vir para cá. Mesmo assim são catalisadores, sua luz atrai magneticamente os que sofrem na escuridão ao seu redor, sem rumo. Pense em estar num ambiente totalmente escuro: quando aparece uma luz, por mais fraca que seja, você não vai até ela, numa curiosidade normal, pelo menos para saber do que se trata? Situação semelhante ocorre com os desencarnados que desconhecem a vida após a morte. Ficam sem saber de sua própria condição, muitas vezes procurando o tal do céu com anjinhos e só encontram seres dispostos a zombar ou até a escravizar. Perambulam a esmo ou ficam próximos aos parentes e amigos , tristes ou irados, não entendendo porque não podem ser vistos. O médium, mesmo sem saber é portador de luz e estes seres necessitados o procuram. Ao não estarem preparados para este trabalho, passam mal, ficam até doentes. Resultado: se prejudicam e não conseguem auxiliar o próximo. Sem querer dar receita de bolo, uma oração bem contrita, um pedido de ajuda àqueles seres do Astral para encaminhar estes irmãos perdidos resolveria uma boa parte do problema. No Astral há pessoas preparadas para recolher e encaminhar a locais onde serão tratados, esses humanos como nós, que apenas não têm mais corpo denso. Ouço muitos comentários como: "ser médium é muito perigoso", "não tem vida própria", "está sempre auxiliando alguém e esquecem de suas vidas", "relegam a família e o que é pior, nunca são bem de vida". Mas a pergunta que devolvo é: - Aproveitou bem sua escolha? Ou desistiu antes do tempo? De fato, é tão triste ver o planejamento de tanto tempo ruir num instante. Tanta preparação, tantas pessoas envolvidas à mercê de um capricho. Faz-se importante relevar essa responsabilidade, afinal de contas, contrato é contrato. Dar uma de esquecido não acrescenta nada em seu currículo. Mas, dependemos sempre de uma coisinha chamada livre-arbítrio e é de sua total liberdade aceitar as dádivas oferecidas e nós simplesmente temos que sorrir e aceitar, como se estivéssemos vigiando algumas crianças fazendo estripulias, sabe como é... aprendemos tanto na infância, que não temos bem a noção de quando verdadeiramente ela se encerra. Tecnicamente a "incorporação" acontece através do chacra mediúnico, umeral, localizado no lado direito, nas omoplatas, próximo do cerebelo. A energia da entidade se liga ao corpo do médium, amplificando o campo astral, ampliando seu conceito energético, abrindo o campo para receber as energias do ambiente e da entidade. Quando se recebem as entidades de luz a energia entra pelo umeral e se expande pelos chácaras de cima. Quando se recebem espíritos de crianças o chacra ativado é o laríngeo. No caso dos guardiões, o chacra ativado é o básico. Nunca a entidade domina o corpo do médium. O médium que não tem controle deixa qualquer um se aproximar e só sente dor quando não acredita ou quer se libertar. O médium tem duas preparações: a-) Como todo ser humano b-) Como detentor de condições que expandem sua sensibilidade Por essas razões seu desgaste também é maior, pois consome algo mais de energia na realização das trocas energéticas. Como o processo é físico o desgaste é inevitável. A condição mediúnica diz respeito à aceleração do cumprimento cármico, é condição pré-estabelecida e acordada diante da dívida divina. Os organizadores celestes dispõe dessa ferramenta aos homens de boa vontade que sentem necessidade irresistível de resgate das suas faltas. É preciso antes, ser pré-avaliado num processo seletivo que estuda as reais condições e disposições pessoais de modo a garantir o cumprimento de tarefa tão exemplar. Vencer no plano astral, como em qualquer outro local no universo sempre é tarefa árdua, no entanto a possibilidade de sucesso é notadamente maior conforme o ambiente vai se apresentando em sutileza, beleza e equilíbrio. Assim, temos em nosso meio físico que atravessar sob condições penosas e rarefeitas, nossos dias de realização e subsistência. Verdadeira escola universal cujo mestre nos anima em constância e profusão, deveria ser melhor aproveitada e não apenas se tornar objeto de passagem singular, como turistas cósmicos brincando nos prováveis mundos dispostos pela lei maior para nossa redenção. Aos vencedores, moradores dos mundos físicos, nossos eternos aplausos e cânticos de bem-aventurança, pois vencer onde se perde sempre é como se repetidas vezes comemorássemos as noites de Natal, imperando a alegria, a jovialidade e a certeza da continuidade. Então eu vos rogo: busca o simples, contenta-se com o pouco e em verdade estará marcando sua presença contínua nos campos celestes, sempre.
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