PERÍODO REGENCIAL  (texto 1)

(7 de abril de 1831- 25 de julho de 1840)

Neste texto mostra alguns acontecimentos importantes da nossa história no Período Regencial dentre 1831 e 1840: a Regência Trina Provisória,  Regência Trina Permanente e a  Agitação nas províncias

Regência Trina Provisória

No dia 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou, - inesperadamente, do trono do Brasil. Seu filho, Pedro de Alcântara - futuro D. Pedro lI, contava apenas 5 anos de idade e pela constituição do Império, só poderia ser coroado quando contasse 18 anos. Até lá o Brasil devia ser governado por uma regência trina.

Como o congresso estava em recesso, os senadores e deputados em férias nas suas províncias, os poucos congressistas que se encontravam no Rio de Janeiro, resolveram eleger uma regência trina provisória, para governar provisoriamente o país, como diz o próprio nome. Esta regência ficou assim composta: brigadeiro Francisco de Lima e Silva, o senador Nicolau Pereira de Campos Vergueiro e o marquês de Caravelas (José Joaquim Carneiro de Campos); e tomou as seguintes providências imediatas: concedeu anistia política; nomeou novamente o gabinete dos brasileiros - atendendo aos desejos dos revoltosos; convocou os deputados e senadores, para que reunidos na sua totalidade, elegessem a regência trina permanente, que governaria o Brasil.

Regência Trina Permanente

No dia 18 de junho de 1831 foi eleita a regência trina permanente formada pelo brigadeiro Francisco de Lima e Silva, João Bráulio Muniz e José da Costa Carvalho - o marquês de Monte Alegre. Destaca-se nesta época o ministro da Justiça, padre Diogo Antônio Feijó, a cuja energia se deve a repressão a inúmeras revoltas, sendo ele também o criador da Guarda Nacional, que muito colaborou para evitar novos motins. 

Agitação nas províncias

Segue-se o período mais difícil da nossa história, quando por toda a parte .lavrou a desordem, que ameaçava desmembrar o Brasil. Destas lutas destacamos principalmente as seguintes:

- no Pará, a tropa depõe o presidente visconde de Goiana (7 de agosto de 1831); no ano seguinte (23 de junho de 1832) a comarca do Rio Negro se declara independente; e em 1835 (7 de janeiro) lavrava a guerra civil chefiada pelo coronel Felix Antônio Clemente Malcher e Francisco Pedro Vinagre, revolução mais conhecida pelo nome de Cabanada;

- no Maranhão a tropa e o povo depõem as autoridades em 13 de setembro de 1831 e em 19 de novembro irrompe novo motim popular que se alastra pelo interior da província;

- no Rio de Janeiro instigada por Barata Ribeiro, insurge-se a fortaleza da ilha das Cobras (7 de outubro de 1831); no ano seguinte o partido exaltado revolta-se e é vencido (5 de abril de 1832); outra revolta ocorre quando o povo invade a sede da Sociedade Militar, formada pelo partido restaurador - que queria a volta de D. Pedro I -. O conselheiro José Bonifácio de Andrada e Silva, um dos chefes do partido restaurador, foi deposto do cargo de tutor do imperador, preso e enviado para a ilha de Paquetá (15 de dezembro). Na tutoria foi substituído pelo marquês de Itanhaém ? ManoeI Inácio de Souto Maior Pinto Coelho;

- no Ceará, Pinto Madeira revolta-se e luta com as forças legais do general Pedro Labatut;

- em Pernambuco irrompe a setembrada (14, 15 e 16 de setembro de 1832); mais tarde irrompe a cabanada, que duraria. de 1832 até 1836;

- lutou-se na capital de Mato Grosso de 30 de maio até 5 de julho de 1834;

- no Rio Grande do Sul assinalamos a Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha, chefiada por Bento Gonçalves da. Silva (20 de setembro de 1835). 

 Estudo realizado a partir de

BRAGA, Gustavo Lisboa. Caderno de História do Brasil. 5. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1970.

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