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Consciência pacificada é possível?
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Paulo fala da luta de sempre - ou melhor - desde que a consciência-de-si apareceu no ser humano como comflito na queda. Paulo declara em Rm 7 que essa é a luta essencial. O instinto milita contra a consciência profunda. O querer é da consciência. O realizar é do instinto. A consciência sabe que sabe. O instinto sabe que precisa. A queda estabeleceu a ruptura essencial e esta veio a crescer com as produções secundárias da culpa, condicionadas por tabus, fobias, controle, poder, crença, cultura. Depois da queda o que estava alinhado, desalinhou-se. Pendeu. Perdeu o prumo, o equilíbrio - errou o alvo. Antes havia uma consciência no instinto e um instinto na consciência. Depois passou a haver uma divisão, uma guerra, um antagonismo. Daí Paulo usar a linguagem da guerra: milita contra... Assim, o instinto cresceu para virar pulsão, compulsão, comichão, vício, obsessão, tara, loucura - tudo dependendo do nível de escravidão que gere no instintuado. Já a consciência se estabeleceu como dever. Assim, quando pensa que sabe é porque já sabe que deve. Esse encontro entre o instinto adoecido e a consciência enferma é a combinação de elementos que nos aniquilam ao mesmo tempo em que constituem nosso ser hoje. Somente o trabalho do Espírito Santo, mediante a consciência em fé na obra consumada por Jesus na cruz e na ressurreição, é que pode deflagrar o processo de rejunção pacificada desses estados irreconciliáveis pela própria natureza. Esse será o tema de Paulo no capítulo 8 de Romanos. Enquanto isto creia que já não há mais nenhuma condenação para aquele que está em Jesus Cristo, nosso Senhor. Falaremos sobre isso depois. Styv
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