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Matança de animais na Umbanda
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Não aceito! Nossa religião prega o amor e a caridade incondicionais isso obviamente deve ser seguido também quando falamos nos animais. Não faço uso desse ritual nunca. Há dirigentes que o usam para festas ou firmezas de terreiro e eu não estou aqui para dizer o que é certo ou errado dentro da lei. Mas em defesa do que escrevo e acredito devo dizer que em quase trinta anos de casa aberta para a prática da caridade, jamais tive que me render a essa firmeza decantada por muitos. E juro a vocês que jamais sofri qualquer tipo de cobrança por agir assim. Muitos defensores dessa prática dizem que nós, carnívoros habituais, nos alimentamos de animais que foram sacrificados para nosso deleite. É verdade, mas torna-se muito diferente quando esse sacrifício toma a forma de um ritual, com cânticos, médiuns paramentados, olhares ansiosos a espera do estertor do animal, tudo isso junto, torna a matança um espetáculo de horror que não temos necessidade de expor ao mundo. Tudo bem, nós que fazemos parte desse meio sabemos que a esmagadora maioria dos animais sacrificados serve de alimento para os médiuns e visitantes da casa que adota esse procedimento. Mas não creio que isso tire a culpa de ter proporcionado a visão alarmante do sangue correndo de um animal indefeso. Essa forma de trabalho ajuda ainda mais a criar a visão abjeta que fazem de nós, quando somos acusados até de sacrifícios humanos o que sabemos que não existe, mas nossos detratores lambem os lábios ao nos acusar sempre que um louco qualquer mata uma criança, por exemplo. Concordo, tenho tempo no santo suficiente para isso, que há casos extremos em que para se salvar a vida de alguém haja a necessidade desse tipo de entrega. Mas convenhamos, são casos muito raros e não devem ser alardeados como a grande opção de cura magística na Umbanda. Temos a nossa disposição dezenas de meios que podemos seguir sem ter que praticar o famigerado sacrifício. Não sou de ficar apontando o dedo para irmãos que não comungam da forma ritual escolhida por mim, mas devemos ter consciência que aos poucos esse trabalho tem que cair em desuso. Não podemos nem devemos ficar a mercê de cultos tribais, isso fatalmente será usado contra nós, principalmente nessa época em que os gritos de "Salvem o planeta!" ecoam pelos quatro cantos do mundo. Li um artigo maravilhoso do irmão Caio de Omulu sobre este mesmo assunto e passo o link abaixo para que o leiam também. Ele aponta de forma clara e grandiosa os interesses escusos que se escondem por trás dessa rotina de muitos terreiros. Tenho receio de pensar que meus irmãos no santo preferem a forma mais rápida para a solução de um problema por preguiça ou ganância, qualquer dos motivos seria uma indignidade para nós e nossas entidades que tentam a cada passagem nos imbuir da força do amor incondicional.
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