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Como a Religião é Tratada Pelos Jovens
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A religião pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade acredita através da fé como divino, sagrado ou sobrenatural, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças pertencentes a diversos segmentos religiosos. A religião é a parcela do ideal dentro de um projeto de vida, tese levantada, já no século XIX, pelo escritor, historiador, filólogo e filósofo francês Joseph-Ernest Renan. Agora, se esta convicção pode permanecer válida atualmente, é necessário antes rever os conceitos absorvidos pelos jovens que freqüentam algum tipo de religião e ver se essa relação entre esses indivíduos com a religiosidade mudou muito ao longo dessa transição do século 20 para o século 21. A indagação então, sobre qual é o real envolvimento da juventude contemporânea dentro de cada uma das religiões, tais como: católica, espírita, evangélica, protestante, messiânica, judaica, etc, parte de como esses jovens se sentem simbolizados através de suas crenças e como elas contribuem para o seu crescimento espiritual provocando também uma possível socialização entre membros de um grupo jovem pertencentes a igrejas, templos, centros espíritas, etc.
Em entrevista realizada com o Padre Denivaldo, de 37 anos, na igreja de São Sebastião no bairro de Olaria, situada no Rio de Janeiro, no dia 30 de outubro de 2006, foi perguntado o que ele achava sobre o envolvimento dos jovens atualmente dentro da religião católica. Foi obtida a seguinte resposta: ?Os Jovens atualmente tem dificuldade de abraçar um compromisso religioso permanente, pois estão vivenciando a época do ficar (experimentar diversas religiões) antes de seguir uma religião de seu agrado. Percebo também que a juventude mesmo procurando essas experiências por outras religiões, ainda vê na religião um meio de se relacionar com o Divino?. Ele ainda revela que observa os jovens atualmente sem muitas raízes, não apenas na religião, mas na política ? como será visto no próximo capítulo, mostrando o comprometimento de alguns jovens antigamente e como os jovens de hoje, tratam sobre esse assunto na esperança de mudar algo em seu meio social ?, mais em movimentos sociais e principalmente em suas famílias, faltando paradigmas e estereótipos, com isso, eles procuram apenas vivenciar o presente e nunca planejar suas ações para a busca de um futuro melhor. Tratando-se da religião messiânica, Renata Borges, de 17 anos, integrante do grupo jovem da Johrei Center de Ramos no Rio de Janeiro, cita o seguinte sobre o porque de seguir essa religião e qual seu envolvimento nas atividades ligadas a igreja com outros jovens. ?Eu apesar de já ter seguido na minha infância a religião católica fazendo até mesmo a primeira comunhão, gosto de seguir mesmo a religião messiânica, porque eu sinto que ela me faz bem, aprendo a agir de maneira correta sem sobrepor o meu livre-arbítrio e, vejo através da filosofia implantada por Meishu-Sama (fundador da Igreja Messiânica Mundial), uma religião voltada para o atual, sendo bem explicada através das palestras em que posso expor minhas opiniões, não me deixando duvidas assim no porque de não continuar nela?. Por ser pertencente do grupo jovem de sua igreja, ela informa que além de sair com outros grupos de jovens como os do seu colégio, na verdade, ela se sente mais familiarizada com os jovens que costumam se reunir sempre no Johrei Center do bairro de Ramos, pois os considera como parte de sua família, tendo já feito diversos programas. ?Com o grupo jovem da igreja, eu já possuo mais intimidade para fazer viagens, assistir peças teatrais, comer em rodízios de pizzas, aplicar o Johrei, entre outras atividades?. Dados esses, que foram coletados no dia 08 de novembro de 2006.
A integração social, uma das características abordadas pelas religiões em torno dos jovens, procura buscar sempre esse convívio harmônico, para que sempre haja renovação e uma continuação por parte de seus fieis. Na edição da revista Veja de julho de 2003, há uma matéria falando sobre como esses jovens praticantes de alguma religião se comportam e agem dentro de seu meio social. Rapazes e moças vão à igreja ou ao templo e lá conhecem outros adolescentes que pensam como eles. Assim, formam grupos. Assistem aos cultos juntos, saem à noite, viajam. O lazer fica associado à religiosidade. "A maioria de meus amigos é daqui", diz a estudante paulista Ana Teresa Santos Cavalcante, de 17 anos, que freqüenta a igreja evangélica Bola de Neve. "Gostamos das mesmas coisas, fazemos os mesmos passeios, por isso nos damos tão bem", afirma ela. Nessa edição, ainda houve uma pesquisa envolvendo jovens de 15 a 24 anos, para saber se acreditavam em Deus e até que ponto a religião era praticada ou foi mudada ao menos uma vez. As porcentagens ficaram desta forma: 98% dentro do universo de 800 brasileiros com idade entre 15 e 24 anos que disseram acreditar em Deus, entre os que seguiam alguma religião, 33% escolheram sua fé por decisão pessoal, sem interferência da família e 17% deles tinham mudado de religião ao menos uma vez. Esses dados, só reforçam que o jovem mesmo que venha a freqüentar diversas religiões até se encaixar em uma, na verdade, ele estará sempre em busca do que acreditar em relação a uma força divina, seja ela, Buda, Maomé, Oxalá, Deus ou Jesus.
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