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As loterias para o cristianismo
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Os jogos e sorteios denominados jogos de azar, tem origem controversa onde correntes defendem que já tenha existido em uma era remota da antiguidade, outros aludem para o fato de que poderia ser uma prática comum mesmo para os homens da idade da pedra. A verdade é que uma das versões atesta que um certo governante europeu com dificuldades financeiras geradas pelo seu baixo orçamento, teria lastimado sua situação em companhia de um aproveitador. Um homem inteligente, que fez uso de uma alternativa para que não apenas o governante tivesse sua questão resolvida, como ele próprio poderia se beneficiar com o recurso. Propôs ao rei que realizasse um sorteio numérico onde haveria a possibilidade de se ganhar um prêmio para quem acertasse os números a serem sorteados perante o público local. O prêmio estava estimado de acordo com o que se previa ser possível arrecadar na forma de jogatina. Para surpresa não apenas do canastrão, mas também do próprio governante, o total arrecadado superou todas as expectativas e conseguiram com isso um valor considerável, sobrepujando em muito o valor da premiação. Mas existe outra versão que atesta a origem dos jogos de uma maneira nefasta e hedionda. Ela teria se formado à partir dos legionários romanos que sortearam entre si as túnicas e pertences de Cristo. Por este motivo, os jogos são tão detestados e ignorados por uma parte significativa do cristianismo. Não se trata portanto de uma questão em torno do que representa, o que é arrecadado, ou a sua finalidade como um todo. O ponto central envolvendo a questão da jogatina e dos jogos de azar é pela abominação cristã sobre o que foi praticado pelos legionários romanos sobre os pertences de Cristo. Deste modo, um cristão teria como fundamento de sua religião a negação sobre os benefícios e atrativos que envolvem jogos de loteria. Mas o Brasil, um país com predominância católica, não preserva estes conceitos, ao contrário apóia e incentiva demasiadamente o culto e reverência aos prêmios e seus contemplados. Algo que não é de se estranhar, uma vez que o próprio conceito de religião está deturpado no país. Se não vejamos: qual a obrigação que existe ou quais são os requisitos que se impõem sobre os católicos de uma maneira geral? Um dos programas televisivos que teve a maior durabilidade na mídia brasileira é o "Santa Missa em Seu Lar" na rede Globo de televisão. Nada mais conveniente e mais elucidativo sobre esta questão. Pois não se tem obrigação sequer do comparecimento em igrejas, basta ligar a televisão e se tem a comodidade sem compromisso algum, sem ter que se preparar, acordar, nada, absolutamente nada. Qual o motivo deste conforto? Para que se consiga manter uma quantidade significativa de pessoas se auto-denominando cristãos sem terem sequer ido às igrejas, sem ter nenhuma obrigação com elas. Isso acabou se tornando uma prática tão comum que outras vertentes religiosas seguiram pelo mesmo caminho e a igreja católica acaba por não ter condições de versar sobre a questão porque ela própria foi precursora deste mecanismo. Por outro lado, qual a obrigação que se impõe sobre qualquer cidadão católico de uma maneira geral? Não há nada que o torne diferente de outras pessoas comuns, sendo então ele próprio uma pessoa comum. Não existem práticas religiosas, não existem atividades religiosas de uma maneira geral. Neste sentido, as vertentes religiosas que se formaram na corrente do cristianismo e fazendo uso do nome de Cristo, passaram a realizar cultos religiosos onde se observa cantorias, agitações, manifestações, onde se procura proporcionar carinho e afeto para algo que não se pode conseguir no mercado convencional, carinho e afeto para a alma, o interior de cada um. A alma é tão importante e tem necessidades tão profundas que em muitos países europeus do final do século XX foram registrados suicídios de jovens cidadãos europeus com escolaridade, profissão, bom salário, residências próprias, etc, tão somente porque não tinham dificuldades em suas vidas. Não temem nada, não teríam dificuldade em seu futuro, tudo funciona corretamente, os veículos de transporte passam na porta de suas casas exatamente no mesmo horário e nos mesmos dias, se sabe com antecedência o que se passará no dia seguinte. Deste modo e por estas questões, estes joves ficavam sem uma coisa que foi interpretada como de uma importância a ser observada, a expectativa para seu futuro e principalmente desconhecer o seu próprio futuro. Para se desconhecer o seu próprio futuro é necessário se delegar o futuro mas não à própria sorte, à Deus. Delegar o futuro à Deus é ter uma finalidade para sua alma e se tudo estiver resolvido em sua vida, se tudo funcionar da maneira correta tal como um mecanismo é como se você fizesse parte deste mesmo mecanismo e talvez por este sentimento, os jovens europeus principalmente na Noruega, Suíça, Suécia e Finlândia, onde se encontra o melhor padrão de vida do mundo, tenham se suicidado diante de tanta facilidade e tanta oportunidade. Por isso, quando as oportunidades são imensas, tudo se resolve por si e tudo responde por si, se tem a impressão de que Deus não existe. Mas se Ele não existisse, qual seria o fundamento da vida?
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