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Umbanda Básica - Rituais - PARTE II
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a) Ritual de Admissão: Antes da participação da corrente espiritual é necessário a realização de curso preparatório, onde lhe serão ministradas noções básicas sobre a doutrina Umbandista. Onde aprenderá fundamentos básicos e necessários para poder trabalhar sem embargo ás suas funções e finalidades do terreiro. Neste curso preparatório se ensinará o básico da doutrina, pontos cantados, posições ritualísticas, linguajar básico, etc. O médium passará por diversos banhos de ?purificação? e certos preceitos, visando equilibrá-lo e fortalecê-lo para a futura tarefa. Passado o período de aprendizado básico e de conduta, o médium-chefe prepara a corrente e, num ritual singelo, admite o iniciado a sua corrente, aceitando-o em sua gira. Em geral, a admissão ocorre após 14 meses de estar freqüentando assiduamente as giras. ?O médium iniciante, agora aceito na corrente, é apresentado a todos os demais médiuns da corrente. O médium-chefe, após abertura normal da gira, chama-o para o centro do terreiro e, antes de iniciar o ritual, faz breve exortação sobre a gravidade do ato, e deseja ao iniciante muita paz, muita força, saúde e assistência espiritual para a tarefa que está iniciando. A seguir, pede ao médium que se ajoelhe, apoiando no chão apenas o joelho direito. No momento. Dá-lhe uma vela branca acesa, a qual é segura pela mão direita do médium. Após, todos os médiuns elevam suas mãos, acobertando-o, enquanto o médium-chefe diz que está de joelho, pois está se ajoelhando a Oxalá e aos Orixás, e nessa posição de humildade e respeito está pedindo luzes e forças a sua jornada, algo que é representado pela vela. A seguir, levanta-se e coloca a vela na mesa do congá ou local designado pelo médium-chefe, o qual, nessa ocasião, pedirá ao guia-chefe que possa recebê-lo, abençoá-lo e acobertá-lo na jornada que se inicia, e que o mesmo sempre possa ser fiel e leal à casa que o recebe?. b) Batismo de Lei: O significado do batismo é o ato solene de dar nome a alguém ou a um objeto, ou admitir alguma pessoa a uma religião, doutrina, etc. O batismo de lei significa que venceu as primeiras provas, candidatando-se aos futuros passos da iniciação, implicando-lhe uma série de normas. Deixemos bem claro que o batismo de lei não deve ser confundido com os ?Boris? ou coisa semelhante. Neste ritual, como em qualquer ritual de Umbanda, NÃO há matança de animais e nem se solta pombo. Pelo fato de ser um ritual mais complexo, não exporemos em detalhes o ritual. c) Confirmação Iniciática: Para quem fez o Batismo de Lei este é a etapa seguinte, a das confirmações. Todos os rituais de confirmação são feitos no terreiro ou em algum sítio vibratório da natureza, afim à vibração original do médium, sendo feitos longe de olhares profanos. d) Cruzamentos ou Imantações: Dentro da Umbanda, cruzamento quer dizer fixação de forças. Muitos fazem-no simbolicamente. ?Escolhemos o local mais central da casa ou, quando não, um aposento longe dos olhares de visitas e, em uma madeira de 10mm de espessura, nas dimensões de 50x50cm, fazemos uma cruz, acrescida de determinados sinais de atração de forças positivas e repulsão de forças negativas. Cada ponta da cruz deverá estar voltada para um dos pontos cardeais. Assim, se apontarmos ou nortearmos uma ponta para o Norte, automaticamente as demais ficarão orientadas para o Sul, Leste e Oeste. Identificando os 4 pontos cardeais, acendemos no centro da cruz uma vela branca, em louvor ao ?senhor das forças etéricas?. A seguir, iluminamos o Norte e louvamos o ?orixá senhor das forças telúricas? ou ?da terra?. Assim, acendemos e louvaremos o Sul ? ?senhor das forças ígneas? ou ?do fogo?; o Leste ? ?senhor das forças eólicas? ou ?do ar?; e o Oeste ? ?senhor das forças hídricas? ou ?da água??. e) Ordenação Sacerdotal: Dentre os vários ritos consagrados à corrente astral de Umbanda, o da ordenação sacerdotal é o mais complexo, o mais iniciático, sendo, portanto seu conhecimento afeto a raríssimos iniciados umbandistas. Seu ritual é velado aos olhares profanos, sendo sua execução completamente hermética. f) Matrimônio: Neste ritual não há incorporações. O sacerdote tem condições e conhecimento para celebrar este ritual. g) Desligamento: Se o grupo umbandista for chamado para fazer o ritual fúnebre, ou de desligamento, que o faça o mais simples possível e nunca por mero compromisso social. ?Dirigi-se ao velório normalmente trajados, em roupas comuns. Chegando-se lá, deve-se procurar acalmar a todos. Sem afetação, o grupo se acerca da urna funerária, ficando o médium-chefe à sua cabeceira. Faz uma pequena exortação sobre a vida terrena e a outra vida, pedindo ao astral superior, às entidades espirituais que possam interceder pelo irmão que acaba de desencarnar. Que seu desligamento possa ser processado sem nenhum trauma, e para isso pede a cobertura dos seus mentores (no caso do falecido ter sido médium) para não sofrer o corpo físico a ação dos espíritos atrasados que, de alguma forma, possam querer atingi-lo. A seguir, pede aos Orixás, em nome de Oxalá, que é o ?senhor da vida?, que oriente o caminho espiritual do irmão que desencarnou, que todas as forças da natureza, que um dia ele manipulou, sejam-lhe propiciatórias. Que o mesmo possa ser acolhido nos braços de seu mentor espiritual, que o encaminhará ao seu plano afim, que, espera-se, seja de paz, luz, trabalho e harmonia?. Os rituais podem ser melhores estudados em seu detalhes no livro LIÇÕES OCULTAS DE UMBANDA. (CONTINUA....)
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