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As 95 Teses de Martinho Lutero (3ª PARTE)
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(Continuação) 60: Afirmamos com boa razão, sem temeridade ou leviandade, que estes tesouros são as chaves da Igreja, que lhe foram dadas pelo merecimento de Cristo. 61: Evidente é que, para o perdão das penas e para a absolvição em determinados casos, o poder do papa por si só basta. 62: O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo evangelho da glória e da graça de Deus. 63: Este tesouro, porém, é muito desprezado e odiado, porquanto faz com que os primeiros sejam os últimos. 64: Enquanto isso o tesouro das indulgências é notoriamente o mais apreciado, porque faz com que os últimos sejam os primeiros. 65: Por essa razão os tesouros evangélicos foram outrora as redes com que se apanhavam os ricos e abastados. 66: Os tesouros das indulgências, porém, são as redes com que hoje se apanham as riquezas dos homens. 67: As indulgências, apregoadas pelos seus vendedores como a mais sublime graça, decerto assim são consideradas porque lhes trazem grandes proventos. 68: Nem por isso semelhante indulgência é a mais ínfima graça, comparada com a graça de Deus e a piedade da cruz. 69: Os bispos e os sacerdotes são obrigados a receber os comissários das indulgências apostólicas com toda reverência. 70: Entretanto tem muito maior dever de conservar abertos os olhos e ouvidos, para que estes comissários, em vez de cumprirem as ordens recebidas do papa, não apregoem os seus próprios sonhos. 71: Quem levanta a sua voz contra a verdade das indulgências papais é excomungado e maldito. 72: Aquele, porém, que se insurgir contra as palavras insolentes e arrogantes dos apregoadores de indulgências, seja abençoado. 73: Da mesma maneira em que o papa usa de justiça ao fulminar com a excomunhão aos que em prejuízo do comércio de indulgências procedem astuciosamente. 74: Muito mais deseja atingir com o desfavor e a excomunhão àqueles que, sob pretexto de indulgências, prejudicam a santa caridade e a verdade pela sua maneira de agirem. 75: Considerar a indulgência do papa tão poderosa, a ponto de absolver alguém dos pecados, mesmo que (coisa impossível de se expressar) tivesse deflorado a mãe de Deus, significa ser demente. 76: Bem ao contrário afirmamos que a indulgência do papa nem mesmo pode anular o menor pecado venial no que diz respeito a culpa que representa. 77: Afirmar que nem mesmo São Pedro, se no momento fosse papa, poderia dispensar maior indulgência, constitui insulto contra São Pedro e o papa. 78: Dizemos, ao contrário, que o atual papa, e todos os que o sucederam, é detentor de muito maior indulgência, isto é, o evangelho, dom de curar, etc., de acordo com o que diz 1 Corinto 12.6-9. 79: Alegar ter a cruz de indulgências, erguida e adornada com as armas do papa, tanto valor como a própria cruz de Cristo é blasfêmia. (Continua na ÚLTIMA PARTE)
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