Isaias Carvalho propõe-se analisar a representação da identidade subalterna a partir de uma cena de estupro em Viva o Povo Brasileiro, de João Ubaldo Ribeiro.
Coloca-se a escrava negra do Brasil imediatamente pós-independência na base de uma pirâmide possível de níveis de subalternidade, em um mutismo radical. Os ecos desse processo de construção identitária do brasileiro, que Ubaldo Ribeiro chama de ?a alminha brasileira?, são contrastados e comparados com as relações e hierarquias sociais vigentes no Brasil de hoje.
O lugar de enunciação do autor também é problematizado, a partir do instrumental teórico tomado de empréstimo do campo dos estudos culturais pós-coloniais.