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João Guimarães Rosa (1908-1967)
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Dominando a língua com perfeição, sua obra caracteriza-se, do ponto de vista da linguagem, pelas inovações que introduz no português do Brasil, seja pelo aproveitamento de palavraspopulares, seja pela criação de vocábulos novos, a partir de elementos da linguagem oral ou a partir de elementos latinos. O fato é que Guimarães Rosa consegue, em suas obras, como já disse um de seus críticos,?dar canto e plumagem às palavras" . O mundo dos romances e contos de Guimarães Rosa é o interior de Minas, recriado - não poucas vezes poetizado - e no qual se movimenta o interiorano, que Guimarães Rosa conhece como ninguém. Apesar dessa localização no espaço, o grande prosador consegue dar cunho universal à sua obra, já que os problemas de que trata, embora geograficamente situados, são problemas que afligem o Homem, e não apenas o mineiro ou o brasileiro. Guimarães Rosa é um dos poucos autores brasileiros que conseguiu publicar urna obra amadurecida e pensada, sem a precipitação e a improvisação que caracterizam nossos autores. Publicou relativamente pouco, justamente porque sua obra nascia da reflexão, de extremo cuidado na elaboração. Já se disse que é tamanha a importância desse autor que a literatura brasileira, depois de seu aparecimento, seria dividida em duas partes: antes e depois de Guimarães Rosa. Entretanto, apesar de sua genial idade, ou talvez por Isso mesmo, a produção roseana é única: não pôde fazer escola, não obstante a coorte de imitadores, por haver atingido um ponto muito elevado, como prosador e como criador: todos aqueles que tentam seguir o caminho por ele aberto tornam-se meros imitadores, nunca continuadores do grande romancista. Escreveu vários contos, reunidos em Sagarana, Primeiras Estórias e Tutaméia - Terceiras Estórias, além das novelas que constituem Corpo de Baile e do romance Grande Sertão: Veredas.
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