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Padre Antônio Vieira (1608-1697)


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Nascendo em Lisboa, Antônio Vieira veio para o Brasil menino ainda, aos 6 anos de idade. Se é bem verdade o que já se afirmou sobre à nacionalidade de Vieira, isto é, que ninguém foi mais português que o grande orador do século XVII, não é menos verdade que, além de ter-se formado no Brasil grande porção de sua obra foi feita no Brasil e em função do Brasil. De fato, na obra de Antônio Vieira encontra-se, a cada passo, mas especialmente nos seus sermões "brasileiros", aquela intenção particularista em relação a nossa terra, e que caracteriza o autor brasileiro da era colonial.



O incansável defensor do índio contra o colono que o escravizava e maltratava, o incansável jesuíta conseguiu que se promulgassem leis que protegiam o selvagem, fazendo do púlpito uma tribuna, da qual defendia com ardor, veemência e bravura o silvícola.



Não tivesse o Padre Vieira feito severa revisão de seus sermões, antes de publicá-Ios, tirando os termos brasileiros que provavelmente neles havia, e estaria ao lado de Gregório de Matos na linha do brasileirismo lingüístico.



Vivendo no período em que predominava na literatura, o estilo barroco, através de suas duas correntes, o cultismo e o conceptismo, Vieira deixou-se levar pelo estilo da época; sua formação jesuíta dirigia-o para o conceptismo, embora não deixe de se encontrar, em seus sermões, exemplos típicos de cultismo, apesar de ter combatido esta corrente, principalmente no famoso" Sermão da Sexagésima". Aliás, o uso de cultismo e conceptismo é mais ou menos comum em todos os autores do período, mesmo naqueles que se deixam entusiasmar mais por uma dessas correntes.



Além dos sermões, pregados no Brasil, e na Europa, deixou Antônio Vieira grande número de cartas, que se caracterizam, antes de tudo, pela simplicidade.



Preso pela Inquisição, esteve encarcerado por dois anos, e durante algum tempo, ficou proibido de pregar. Conseguiu, entretanto, que a sentença fosse anulada, voltando a atuar como pregador.



Retirou-se definitivamente para o Brasil em 1681, entregando-se à tarefa de organizar e rever seus sermões, para publicá-los.







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