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Poesia CONCRETA


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  POESIA CONCRETA - Movimento literário lançado oficialmente em 1956, em S. Paulo, no Museu de Arte Moderna, com uma exposição de poemas-cartazes, ao lado de quadros e esculturas "concretistas". A expressão "concreta", que já era utilizada em artes plásticas para definir as composições não-figurativas, de tendências geométrica e racionalista, foi transposta para a poesia pelos poetas paulistas Augusto e Haroldo de Campos, e Décio Pignatari. Dando por encerrado o cicIo histórico do "verso", propõem-se os poetas concretos substituído por novas estruturas, baseadas na associação formal dos vocábulos e em sua disposição "espacial" na página, em alinhamentos geométricos; em lugar da sintaxe convencional, "discursiva", adotam uma sintaxe analógica, "ideogrâmica", que permite a justaposição direta de conceitos; em contraposição a uma poesia subjetiva, de expressão, aspiram a uma poesia objetiva, exata; sintética, capaz da comunicação imediata das manchetes de jornal e das histórias em quadrinhos; buscam também extrair a poesia de um contexto puramente "literário", propugnando pela sua interligação com as demais artes - a música, a pintura, a arquitetura - e com as artes gráficas e publicitárias em geral, no quadro do desenvolvimento industrial e tecnológico do mundo moderno. Os poetas concretos apontam como seus precursores: no Brasil,  Sousândrade,  Oswald de Andrade e  João Cabral de Meio Neto; no exterior, Mallarmé, considerado o limiar da nova poesia, com o poema - constelação "Un Coup de Dés" (1897); Apollinaire, com os poemas figurados de seus Calligrammes; os norte-americanos Ezra Pound, que aplicou o método ideogrâmico ao seu poema The Cantos, e E. E. Cummings, que praticou a atomização visual da palavra em sua poesia; o irlandês James Joyce (a palavra-montagem e a estrutura aberta de seus romances). A matriz do movimento foi o grupo "Noigandres", constituído originalmente pelos três poetas paulistas, em 1952, com o lançamento da revista-livro do mesmo nome, que chegou a ter 5 números (o último dos quais, uma antologia de poemas do grupo, "do verso à poesia concreta"). O contato com o poeta Eugen Gomringer, em Ulm, Alemanha, 1955, deu ao movimento, desde logo, um caráter internacional. A poesia concreta passou a ser exercitada em vários países, principalmente na Alemanha (onde foi estudada pelo crítico e filósofo Max Bense), na Grã-Bretanha e no Japão. Além dos poetas paulistas, participaram da exposição de 1956 poetas radica dos no Rio:

Ferreira GuIar, Wlademir Dias Pino e Ronaldo Azeredo (este último mais tarde integrado no grupo "Noigandres" com o poeta carioca José Lino GrÜnewald.. A exposição foi transportada no ano seguinte para o saguão do Ministério da Educação no Rio, conseguindo repercussão

 




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