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Espaço e romance


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O espaço surge associado ou até integrado às personagens, assim como a ação e o escoar do tempo. A complexidade do estudo da descrição, em geral ligada à representação do espaço, freqüentemente mal se distingue da narração. Narração e descrição (estática) são operações semelhantes, mas o seu objetivo é diferente, ou seja, a narração restitui a sucessão temporal dos acontecimentos e a descrição representa objetos simultâneos e justapostos ao espaço. No conto, o espaço por onde circulam as pesonagens deve ser restrito. Raramente as pessoas deslocam-se de um lugar a outro, a não ser, quando o deslocamento advém de uma necessidade imposta pelo conflito. Neste caso, o espaço que as persoangens ocupam antes do lugar onde se desenrola a cena principal é dramaticamente neutro, ?espaço sem drama? e o espaço onde ocorre a cena de maior tensão é o espaço com drama. O espaço pode adquirir uma importância equivalente a outros elementos da narrativa, tais como: foco narrativo, personagens, tempo, etc., embora em certas narrações esteja bastante diluído, tornando-se, nesse caso, de importância secundária. É muito comum que o espaço adquira certa prioridade no desenvolvimento da ação. É papel do leitor descobrir onde se passa a ação, o que compõe o espaço e qual sua importância no desenvolvimento do enredo. Distingue-se espaço e ambientação, sendo que o primeiro seria o conjunto de todos os elementos da narrativa, que transmitam ao leitor a noção de um determinado ambiente e o segundo representa o espaço onde ocorre a ação. Para que o leitor perceba o espaço, necessita apenas de sua experiência de mundo, para que perceba a ambientação precisará de certo conhecimento da arte narrativa. A ambientação pode ser franca, quando se distingue pela introdução pura e simples do narrador ou dissimulada, quando existe forte enlace entre o espaço e a ação a exigir uma personagem ativa. O ponto central no que se refere à discussão sobre o espaço na narrativa, é a utilidade ou inutilidade dos recursos utilizados pelo narrador, ou seja, até que ponto eles servem para caracterizar uma situação ou para representar algo simbólico, adquirindo uma utilidade àquele contexto. Pode-se dividir o espaço em real, que se subdivide em social (aquele transformado pelo homem) e natural (representado pelo estado selvagem da natureza), e trans-real, que é o espaço da irrealidade, do sonho. Ainda há outra classificação possível, na qual se pode dividir o espaço em horizontal e vertical. O horizontal é o espaço humano ou natural e o vertical é relacionado com o divino ou sobrenatural. Esse mesmo espaço humano pode ser classificado em tópico, atópico e utópico. O espaço tópico é o conhecido, o atópico é o selvagem, o desconhecido e o utópico é o sonho, a imaginação.


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