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Página Principal : Teoria e Crítica
A obra de arte literária
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Roman Ingarden baseou sua teoria de análise da obra de arte literária na fenomenologia de Husserl, segundo a qual tudo o que existe é reduzido à consciência, pois é somente através dela que percebemos e conhecemos o mundo. Nessa perspectiva, a consciência seria aquilo que dá sentido a tudo o que existe. A interpretação ingardiana é voltada totalmente para a obra literária, desconsiderando tudo o que for externo a ela, como biografia do autor, subjetividade do leitor, elementos psicológicos ou o contexto histórico. A análise é absolutamente intrínseca, voltada para a estrutura do texto, para a obra em si, utilizando-se, para isso, de quatro estratos: fônico, das unidades de significação, das objetividades apresentadas e dos aspectos esquematizados. É conveniente observar que, embora perceba-se os quatro estratos presentes na obra, não é possível que se faça uma análise de cada um isoladamente sem que a unidade do texto seja prejudicada. Como lembra Salvatore D?Onófrio, essa estratificação só existe graças ao esforço analítico do crítico, pois o texto é percebido pelos sentidos e pela consciência, à primeira vista, como um todo orgânico, uma forma homogênea.
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