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Página Principal : Cinema e Teatro
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Em 1980 surgiu, em Buenos Aires, o grupo Teatro Abierto (Teatro Aberto), durante a ditadura militar que assolou a Argentina entre 1976 e 1983, como um movimento de resistência cultural ao regime. Quase 200 pessoas, entre atores, diretores, plásticos e técnicos, participaram do primeiro ciclo, que aconteceu numa sala da periferia do centro de Buenos Aires, o Teatro del Picadero, que ficou lotada desde a primeira função, superando as 300 plateias com as que contava. O ciclo foi oferecido a preços populares e consistia em 20 peças apresentadas durante 2 meses. Mas, poucos dias depois, em 6 de agosto, um incêndio destruiu o local. Um comando vinculado à ditadura (que se dizia pertencente à Marinha) se adjudicou o atentado. Imediatamente, o ambiente cultural se mobilizou em solidariedade com o Teatro Abierto. Os donos de quase 20 salas de teatro se ofereceram para dar continuidade ao ciclo. Mais de 100 pintores doaram quadros destinados a recolher dinheiro para a reconstrução. Os mais importantes homens da cultura e dos direitos humanos, como Jorge Luis Borges, Ernesto Sábato e o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, expressaram sua adesão. O ciclo do Teatro Abierto pôde continuar no Teatro Tabarís. Teatro Abierto completou três edições em 1981, 82 e 83, sob o regime militar, e se prolongou por mais duas durante o período democrático; mas, nesta última fase, seus integrantes se dedicaram a discutir como continuar, dado que a ditadura, que foi o pretexto para o movimento, já não existia. Em 1985, o Teatro Abierto desapareceu. Teatro Abierto inspirou outros grupos como Danza Abierta, Poesía Abierta ou Cine Abierto, mas nenhum deles alcançaria a dimensão do fenômeno teatral.
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