Visões pessoais, olhares universais. É interessante como Kiko Goifman faz uso da câmera em seu documentário chamado 33. Em busca da mãe biológica, expõe diversos pontos de vista para mostrar - além de uma história bastante íntima - como o assunto adoção é ainda delicado no Brasil.
O documentário utiliza três perspectivas diferentes para mostrar o tema. A visão de um observador neutro, utilizada para relatar apenas os fatos; as entrevistas, quando há a sensação que o entrevistado está próximo, conversando com o espectador; e Kiko gravando a si mesmo, quando o documentarista/ personagem narra os sentimentos que o atravessam.
Devido às mudanças na narração, 33 prende a atenção do início ao fim, contribui para que o assunto adoção seja debatido e coloca o espectador em seu devido lugar: dentro da personagem.