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Tragédias
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?As tragédias são melhores? Serão mesmo: São grandiosas de fato, revelam o lado mais susceptível e vil do ser humano. Trazem o exagero dos homens que rompem a barreira das leis humanas em prol a suas necessidades mais inferiores, filhas de seres que não conhece o limite e muito menos o domínio de suas ambições. Criaturas equivocadas em sua busca, com falhas nas suas estrutura afetivas, amam suas imagens e odeiam tudo as que revelam diferente. Mas nem sempre são sentimentos tão fortes que movem as tragédias, às vezes eles são movidas por bestas que não se importam não sentem, apenas aspiram ao domínio como uma forma de prazer, ou então aquelas que de tão orgulhosas e pobres entendem ter o poder de matar quando deliram sobre a traição, como no caso de Otelo. Mulheres que buscam no homem a sensibilidade e a paixão desmedida, que utilizam à cultura que faz do homem o senhor do falo, para subverter o desejo que os move em caprichos que os tornam escravos. Ahhh!! mais também há as tragédias sobre aqueles que amam tão profundamente, que o mudo parece não se ajustar à nobreza desse sentimento (Romeu e Julieta). Mulheres Amaldiçoadas e libertadas pela beleza e atração que exercem, utilizam-se desse poder para que aconteça a aproximação, mas consciente do tempo efêmero de seus atrativos tratam de exigir o amor depois de tornarem o mundo doce encantado e viciado de si. Muitas não conseguem evitar o desprezo sexual ao macho depois que os tem fisgados começam a evita-los então a cultura se instaura e o macho na defesa biológica vai caça. Um deseja tão ardentemente que se sente frágil, pois tudo que espera é ser desejado a outra ama e tudo que espera é ser amada, outros apenas fazem bons acordos. Filhos que são arrancados de seus pais, pais que se matam entre si, mulheres que matam seus maridos, filhos que são abusados em sua inocência, irmãos incestuoso, mãe que seduzem seus filhos, crianças machucadas que crescem deformadas ou se diginificam na vigança. Seres inaptos ocupando lugares que comprometem a existência de todos.Ardis, vinganças , um mundo insuportável por sua perversidade, no entanto , na tragédia se encontra um mundo mais honesto onde tudo que há se mostra enquanto a trama se desenrola.O exagero da tragédia ,leva o sujeito pra longe do intimista pois ela se situa longe de si na maioria das vezes, porém em seus pequenos dramas e picuinhas diárias ,tudo parece dilacerar com as tragédias . No cansaço do dia a dia a apatia prepara o leito humano, e nele se deita a humanidade. As tragédias São sempre mais consagradas, um reforço positivo ao que elas revelam. Expectadores se tornam juizes perplexos aos intentos revelados dos fatos constatados. Fala-se das comedias como se fossem menores. Claro! Estão mais próximas do nosso eu cotidiano, revelam-no em nossa grandiosa pequenice. Pequenos crimes que se alinhavam as mascaras que nos estruturam. A pergunta é somos nós feitos de pequenas tragédias que ao olhar desatento se revelam comédia? Os toques e ato de rir de si mesmo, possibilitam que nos aceitemos e aprendamos a ter consciência de nossas limitações e vulnerabilidades. Nas tragédias sentimos emoções fortes, e filosofamos sobre a natureza humana, a sociedade e suas engendrassões podres, nela temos a força destruidora que nos move e nas comedias nos aceitamos e encontramos a possibilidade de seguir. Que bom que aprendemos a rir de nós mesmos,isto nos da a paz dentro da grande tragédia da vida. A verdade é que por mais tragédias que sejamos capazes de fazer não deixamos de ser lastimáveis e inacabados.
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