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O Parvo - Personagem
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O Parvo, a Alcoviteira, o Vilão, o Judeu, o Pastor e o Clérigo, são tipos indispensáveis do teatro francês e espanhol, constituíndo recursos fáceis ao cómico. O Parvo, foi convertido numa éspecie de comentador independente da acção, pondo à mostra, com os seus disparates, o ridículo das personagens convencidas do seu papel. Em Gil Vicente, a função do Parvo não é apresentar-se a si próprio, nunca sendo observado pelo interesse que em si mesmo possa oferecer. Tem como função criar efeitos cómicos, irresponsáveis e alheados de si. Na Barca do Inferno, comenta as pretensões de alguns condenados que têm a simplicidade de o não se considerarem. O Parvo, chega à margem do rio de além-túmulo, distinguindo-se dos outros mortos, pois considera a Barca do Diabo como sendo a Nave dos Loucos. Durante a peça do Auto da Barca do Inferno, interfere diversas vezes, sendo constante característica, a sua linguagem desbragada, que tanto é injuriosa como optimista, fazendo de si um ser Louco, completamente à parte, liberto de regras e constrangimentos, em que a ordem não exerce qualquer tipo de poder. Até o Diabo, com ele se sente impotente.
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