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My Man Godfrey
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Irene e Cornélia eram duas irmãs jovens, milionárias e mimadas. Irene era doce, romântica e Cornélia racional e irônica. Em uma festa de gala, as duas participaram de uma gincana, competindo uma contra a outra. Depois de pedir raquetes de tênis, peixinhos dourados e outras bobagens do gênero para os participantes, o apresentador pediu uma tarefa difícil, o ponto alto do jogo: ganharia a equipe que trouxesse ao salão de festas um mendigo de rua.
As duas foram até um depósito de lixo, onde viviam alguns mendigos e viram um deles dormindo sobre um monte de sucata. Cornélia, mais fria, sem perceber o que havia de vergonhoso e desumano naquela brincadeira, tentou convencer o mendigo, Godfrey, a acompanhá-las até a festa. Godfrey, indignado, negou-se e acabou por empurrar Cornélia para um declive entre os montes de sucata. Brava com o mendigo, Cornélia foi embora. Irene, por sua vez, ficou intrigada com Godfrey. Percebia algo de digno e especial nele. Pediu desculpas ao mendigo por sua irmã e explicou que Cornélia estava acostumada a conseguir qualquer coisa que quisesse. Logo, ela conseguiria outro mendigo para acompanhá-la até o luxuoso hotel onde acontecia a gincana e ganharia a contenda.
Decidido a não permitir que Cornélia ganhasse, Godfrey pediu para ir até a festa com Irene. Lá, ele fez um discurso emocionante, mostrando aos ricaços o quanto aquele jogo era estúpido. Um mendigo não devia ser exposto como objeto de riso. Todos ali deviam se envergonhar de que ainda houvesse no mundo gente como ele. Todos se arrependeram de sua atitude. Irene ganhou o prêmio, mas preferiu devolvê-lo. Os convidados daquela festa tinham ganho um prêmio melhor: uma boa lição de humanidade.
Irene se sentiu atraída por Godfrey que, apesar de suas roupas puídas, era um belo homem. Ofereceu-lhe, então, um emprego de mordomo em sua magnífica mansão. Os pais dela, o prepotente Eugene e a perua Alice relutaram à princípio, mas acabaram aceitando Godfrey como empregado. Logo, julgavam-no o melhor mordomo do mundo: educado, inteligente, prestativo.
Godfrey também se apaixonou por Irene e começou a pensar em contar a verdade: ele, na verdade, era de uma família riquíssima de Boston e só tinha acabado como mendigo por causa de uma grande decepção amorosa que tirou-lhe a vontade de viver e trabalhar. Um dia, durante uma festa dada por Irene, Godfrey foi visto por um velho amigo, Tommy, que não conseguia entender como seu velho colega de Harvard tinha se tornado um mordomo. Godfrey explicou ao amigo que tinha vergonha de reaparecer para sua família (que julgava-o morto) e para a ex-mulher que o abandonara. Gostava mais de sua vida agora e pediu a Tommy que guardasse segredo.
Eugene desconfiava do mordomo, sentia que Godfrey tinha um segredo e lutava para desvendar seu passado. Então, descobriu o amor que a filha sentia por ele e decidiu afastá-lo. Colocou um colar valioso no quarto de Godfrey e chamou a polícia. Godfrey, porém, encontrou o colar antes e o escondeu em outro lugar. No dia seguinte, Eugene soube que estava com sérios problemas financeiros. Godfrey ajudou-o, empenhando o colar. Depois, quando a situação se estabilizou, recuperou-o.
No final, Godfrey contou toda a verdade para Irene e sua família. Então, associou-se ao amigo Tommy. Juntos, eles abriram uma fabulosa boate no local que era ocupado pelos mendigos, empregando a todos. O lugar logo virou um sucesso. Irene apareceu na boate com um padre e ela e Godfrey se casaram em meio a uma grande festa.
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