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Terra em transe
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Glauber de Andrade Rocha nasceu em Vitória da Conquista e, 1938.
Foi morar com a família em Salvador onde participava de peças, programas de rádio, grupos de teatro e cinema amador.
Começou a fazer filmes com 19 anos (O Pátio - 1959). Mas ficou conhecido depois que fez Deus e o diabo na terra do Sol e Terra em Transe, ele já tinha 25 anos.
Quando aconteceu o golpe militar de 64 ele estava em Cannes para a exibição de Deus e o Diabo na Terra do Sol, receoso em voltar ele fica um tempo na Europa, onde escreve o manifesto ?A estética da fome?, esse manifesto traz as bases estéticas e políticas do Cinema Novo e critica o paternalismo europeu em relação ao Terceiro Mundo.
A proposta do Cinema Novo, movimento do qual Glauber foi um dos fundadores, e que praticamente ?inaugurou? com Terra em Transe, propunha um novo cinema, sendo fiel à realidade social de nosso país, denunciando toda a pobreza e miséria que a maioria da população vive. Pela primeira vez o ?verdadeiro? Brasil invadia as telas do cinema.
Quando Glauber volta para o Brasil ele é preso em uma manifestação contra a ditadura. A prisão tem repercussão internacional e um telegrama de protesto assinado por Truffaut, Godard, Alain Resnais, Joris Ivens e Abel Gance é enviado ao presidente Castelo Branco e apressa a saída da prisão.
No começo de 1966, vai ao Norte do país e filma Maranhão 66, um curta documental sobre a posse do governador José Sarney. Cenas desse documentário seriam usadas em Terra em Transe, que começaria a filmar no segundo semestre do mesmo ano.
Terra em Transe nasceu do questionamento a respeito da passividade da classe média e do povo diante do Golpe Militar e se transformaria no balanço da sua própria geração.
Num país fictício chamado Eldorado, o jornalista e poeta Paulo (Jardel Filho) oscila entre diversas forças políticas em luta pelo poder. Ora o vemos ao lado do populista Vieira (José Lewgoy) ora ao lado de Porfírio Diaz (Paulo Autran), o homem de direita com tendência ditatorial.
No Brasil, o filme é censurado no ano de seu lançamento, 1967: é considerado subversivo e irreverente em relação à Igreja. Os créditos apresentam os nomes dos atores, não dos personagens. O filme é liberado com a condição de que o personagem de Jofre Soares tenha um nome nos créditos: na versão liberada, ?Padre Gil? é o único personagem que aparece nos créditos.
Foi com Terra em transe que tornou-se reconhecido, conquistando o Prêmio da Crítica do Festival de Cannes, o Prêmio Luis Buñuel na Espanha e o Golfinho de Ouro de melhor filme do ano, no Rio de Janeiro.
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