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Metropolis
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Os bastidores, a narrativa e a montagem do filme:
Em Metropolis, Lang se superou. A história futurista retrata a crescente luta de classes. O herdeiro de um poderoso industrial apaixona-se por uma operária. Um perigoso cientista planeja transformá-la em um andróide, para incitar a classe trabalhadora à rebelião. Misto de Mabuse com a Morte de seus filmes anteriores, o cientista poderia ser um revolucionário ou um anarquista. Pena que o final simplifique a luta de classes, optando pela convivência pacífica entre capital e trabalho. Talvez isso tenha agradado Hitler, que quando chegou ao poder chamou Lang para fazer filmes para o partido nazista. Lang não aceitou e fugiu para Paris, entretanto sua mulher Thea Von Harbou aceitou o convite, se tornando uma ótima roteirista de filmes nazistas. As filmagens duraram 310 dias e 60 noites, de 22 de maio de 1925 até 30 de outubro de 1926. Apesar de seu tremendo sucesso Metropolis foi uma grande perda financeira que quase levou a Ufa à bancarrota .
A fotografia do filme (incluindo enquadramentos):
O diretor abusa da iluminação focal, como por exemplo na cena em que Rotwang persegue Maria nas catacumbas com uma lanterna. Os efeitos de luzes e sombra e também os de fumaça usados acabaram se tornando clichês de efeitos especiais para cenas semelhantes. Fritz Lang valoriza a tecnologia e arquitetura usadas no filme, principalmente no cenário, como o das aero-vias, que influenciaram na construção se outras metrópoles tais como a do filme Blade Runner. A história não perde sua energia mesmo nos dias de hoje, embora possa ser feita alguma ressalva aos planos longos e às seqüências um tanto repetitivas, para deixar tudo bem claro. Mas seu valor é inegável.
A direção dos atores:
Nesta superprodução foram empregados 620.000 metros de negativos, 1.300.000 metros de filme positivo, 3.500 pares de sapatos, 2.000 marcos em costumes, 400.000 marcos em cenário e energia elétrica, 1.600.000 marcos em cachês para 36.000 figurantes, 1.100 homens carecas, 100 negros, 25 chineses, 750 crianças, 750 atores para pequenos papéis e 8 estrelas. Uma das grandes características do filme são as expressões faciais extremamente marcadas, que aproximam os personagens a um exagero teatral. As crianças que atuaram no filme vinham de Berlin pobres e magras, voluntárias para participar do filme. Thea Von Harbou alimentava-as com comida quente, distribuía bolos, chocolate, bola e brinquedos. Como eram bem tratadas cada vez mais crianças queriam ser voluntárias. Para Lang quanto mais sujas ficavam era melhor para as cenas, assim elas ficavam brincando o dia todo sem repreensões.
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