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Quando o Rio Tinha Cafezais
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Quando o Rio Tinha Cafezais
A maioria dos historiadores acreditam que o café seja oriundo da Etiópia, pois ali já era conhecido desde o século 15. Sua etmologia deriva do vocabulário árabe (avoheh, significa força, vigor). De acordo com a lenda, um pastor chamado Kaldi, que vivia nas montanhas de Kaffa notou que quando levava suas cabras para pastar, estas comiam com avidez frutos vermelhos de certa planta e á noite, no estábulo passavam acordadas e a cabriolar de modo desusado. Comentando o fato a um velho monge, esse passou a estudar a estrutura da planta e provar seus frutos, que apesar de amargos, não eram ruins. Concluiu que as pessoas poderiam se aproveitar de seus efeitos. Colheu alguns grãos e cozinhou em água e deu para os monges mais preguisoços e dorminhocos. Eles então passaram sem cochilar durante os ofícios da noite. Da Etiópia o café passou para a Arábia, propagando-se para o Oriente Próximo, Egito, Síria e chegou á Europa em princípios do século 17. Mas tarde foi trazido para as Américas. Consta que as primeiras sementes que vieram para o nosso continente, foram plantadas em Caiena, capital da Guiana Francesa, em 1722. Em 1727, o Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta conseguiu algumas sementes com a esposa do governador daquela colônia, e as plantou em Belém do Pará. Passado alguns anos, um indivíduo anônimo levou a planta ao Maranhão, de onde o desembargador João Alberto Castelo Branco mandou buscar 2 mudas para o RJ, em 1771. Esses 2 primeiros pés foram plantados na horta do hospício dos Borbonos, frades italianos, na Rua Evaristo da Veiga, e daí para o resto do país.
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