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Caráter
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Julgavam-me pelos meus sintomas, não mais existia para o outro o eu deliberativo. A dor nos ossos é imperativa e zomba da velha e conhecida morfina. Eu era um homem bom, mas dor corroeu-me a esperança. Um homem sem esperança se reduz a quê? Digam-me! Dizem os filósofos cristãos que Deus não tem esperança, mas deu aos homens essa ansiedade amorfa, pois só tem esperança quem não conhece o futuro e Ele tudo conhece. Um homem sem esperança se reduz a quê? Ao instantâneo insosso-chagásico: meu caráter é minha síndrome! Tentei vomitar com classe e depois do amargor biliar esbocei um sorriso. É preciso fazer piada de si e assombrar os outros quando a sombra da morte arranha a alma. Limpei a boca, lavei a língua e cantarolei com voz rouca de garganta rasgada:
?All of me...why not take all of me
Can't you see...I'm no good without you
Take my lips.....I want to lose them
Take my arms....I'll never use them
Your goodbye...left me with eyes that cry
How can I....go on dear without you
You took the part....that once was my heart
So why not take all of me?
Eu ouvia a voz delicada de Billie Holiday a enganar o barqueiro. Silêncio. Quem me amava chorou baixinho: Sinceridade...
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