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Modernismo & Antropofagia Cultura
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No inicio do século XX, a cultura francesa dominava os meios artísticos e intelectuais brasileiros. Os principais expoentes de nossa intelectualidade liam e falavam francês e viajavam constantemente para Paris para realizar seus trabalhos ou buscar inspiração. Os modernistas de 1922 contestavam esse comodismo cultural, essa produção transplantada da Europa. Para o escritor Mario de Andrade, a cultura de um povo deveria nascer enraizada à sua terra, como um aprofundamento do terreno nacional. Era um protesto contra a mentalidade subserviente, contra o sentimento de inferioridade do brasileiro em relação ao europeu. Era também uma critica à dominação cultural e política do Brasil pelos estrangeiros. Nascia assim o Manifesto Antropofágico, documento lançado pelos modernistas, que propunham a deglutição (aproveitamento de tudo que fosse útil), da cultura européia, que seria remodelada pela realidade da terra brasileira. O episodio histórico que inspirou a utilização do termo antropofagia foi a deglutição, em 1956, do bispo Sardinha ( representando a cultura importada) pelos índios brasileiros caetés (representando a cultura nacional). Assim, a famosa frase de Shakespeare ?To be or not to be, that is the question.? ?Ser ou não ser, eis a questão;? no manifesto transformou-se em ?Tupy or not tupy, that is the question.?
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