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Modesto Brocos,e a gravura no Brasil.


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MODESTO BROCOS

(Santiago de Compostela, Espanha 1852 - Rio de Janeiro, RJ 1936)

Modesto Brocos y Gomes, pintor espanhol naturalizado brasileiro.Fez seus estudos iniciais de arte na cidade de La Coruña, Espanha. Em 1871, transferiu-se para a Argentina, mudando-se em seguida para o Brasil,Rio de Janeiro. Dedicou-se inicialmente à gravura em madeira e à gravura em metal, publicando, em 1875, algumas de suas xilogravuras em O Mequetrefe. Nesse mesmo ano, passou a freqüentar,a Academia Imperial das Belas Artes, onde teve como professores os grandes artistas brasileiros como Vitor Meirelles e Zeferino da Costa Em 1877, transferiu-se para Paris, onde passou a estudar com Henri Lehman, na École des Beaux-Arts, e onde teria sido, inclusive, colega do célebre artista Georges Seurat e Sorolla.

De volta à Espanha, Modesto Brocos freqüentou a Academia de Belas Artes de San Fernando, em Madri, e o ateliê do pintor Federico Madrazo. Com bolsa instituída por sua cidade natal, viajou a Roma, onde permaneceu de 1883 a 1886, freqüentando centros artísticos como a Academia de Belas Artes de Chigi e o Circulo Artístico Internacional; data dessa sua estadia em Roma a sua amizade com os irmãos Bernardelli. Retornou ao Brasil em 1890, e entre 1893 e 1894, substituindo o artista Pedro Weingartner na catedra de professor de Desenho Figurado na Escola Nacional de Belas Artes, a convite dos Bernardelli. Em 1897, esteve novamente em Roma, voltando definitivamente ao Brasil em 1900, quando naturalizou-se brasileiro. Em 1911, na mesma Escola, foi nomeado professor extraordinário da segunda cadeira de Desenho, tornando-se professor catedrático de 1915 a 1934. Modesto Brocos foi figura das mais ativas no cenário artístico fluminense,(do Rio de Janeiro) da 1ª República no Brasil e um dos principais responsáveis pelo implemento do ensino da gravura no Brasil, graças especialmente à sua atuação como professor no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro.Brocos sendo um dos fundadores do Liceu ,também estabelece lá a Oficina de Gravura.

A maior parte de sua produção artísitcas retrata cenas da pintura "de gênero",

(o que erroneamente hoje, alguns pouco informados na Arte Brasileira,chamam de retratos típicos) ,como pode ser visto nos célebres quadros "Engenho da Mandioca" de (1892) e

"Redenção de Can" de (1895).

O artista ao retratar o negro de uma forma digna, Modesto Brocos inaugura um capítulo precursor na história da arte brasileira.

A muitos anos,eu Ricardo Barradas,sou um dos grandes admiradores,da

produção artística deste artista,

e reconheço que o próprio mercado de arte,e

as diversas instituições brasileiras ligadas à história da gravura,

não celebram dignamente,a posição deste grande mestre.

Mas aos poucos,isto tem mudado.Vem surgindo,olhos mais atentos de pesquisadores,museólogos,críticos e educadores de arte e da história da arte,que percebem,que a

verdadeira história da Gravura no Brasil,está incompleta,

quando não se estabelece,um capítulo inteiro,

dedicado à magistral produção artística de Modesto Brocos



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