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Hai Cai Não kai
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Mora em mim um demônio Que a onipresença dele Revela enfim um deus Mora em mim um covarde Que mente que chora que arde Que enfrenta um batalhão Mora em mim um menino Quando triste morde Alegre sorri Mora em mim um anjo Temendo a hora derradeira Do encontro com o chão Mora em mim um poeta Analfabeto e beberrão Sem lápis nem papel na mão Mora em mim um herói Atirando a esmo Acertando na ilusão Mora em mim um músico Tocando a vida Ouvindo o refrão Mora em mim um sujeito Que o verbo transgride Mas faz oração Mora ao lado uma dúvida Que quer ser eu E eu sei Mora naquela morada Um corpo secreto Que minha casa revela Moro onde mora o mundo Moro como todo mundo Hospede deste caminho Mora morei ainda moras Que o que ouço na porta É o caminho da roça Mora em mim uma alma Calada resistindo ao fim Morava sim Passo certos dias na casa Onde moro eu mesmo Morando juntos cansei Quando quero fugir de casa Descubro que aqui ainda Só mora mesmo eu Andando pelo apartamento O cheiro do banheiro me diz Que algo é vivo e algo é morto
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