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Quem somos nós
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O filme Quem somos nós? apresenta algumas conseqüências no plano da vida pessoal , para uma concepção de mundo muito arraigada, e quase imperceptível de tão comum. Esta visão pressupõe que a realidade exterior tem consistência e existe independente de nós, e, utilizando os termos do filme, ?que o mundo externo é mais real que o interno.? Uma das conseqüências desta visão limitada é a crença de que não temos controle algum sobre o mundo que nos cerca, e sobre a maneira como nos colocamos nele. Repetimos uma mesma vida rotineira e desinteressante desconsiderando que ela se encontra em um mar de possibilidades que não são vistas. O filme, ou documentário, apresenta a perspectiva que a física quântica inaugura a partir do momento em que aponta para a falta de substância da matéria, constatando que o núcleo do átomo aparece e desaparece como os elétrons. A conclusão de que a matéria não é estática nem previsível é explorada pelo filme. A física quântica é apresentada como uma ?física de possibilidades? e a ciência moderna pela concepção de que ?o que acontece dentro de nós é que vai criar o que acontece fora.? Questiona-se o conceito de realidade a partir de determinados dados fornecidos pela ciência: a visão dos objetos ou o fato de serem imaginados, ativam as mesmas áreas do cérebro. Estes dados fornecem base para um questionamento sobre a certeza da realidade: o cérebro não estabelece a diferença entre suas lembranças e aquilo que ele vê no ambiente. Além disso ele só ?imprime o que ele tem a habilidade de ver? e assim estamos limitados a ver aquilo que acreditamos ser possível. Como dependemos desta atividade cerebral para conhecer, pode ser que estejamos produzindo ilusões no lugar do conhecimento. ?Não existe o lá fora independente do que está acontecendo aqui dentro.? ?... as coisas são feitas de idéias, conceitos informações?. ?Literalmente, crio minha própria realidade, a física quântica está nos dizendo isso.? Aí então é que surge a colocação de que existe uma escolha presente e atuante na forma de perceber este mundo em potencial. Esta escolha é a ?convergência para apenas uma? das várias formas possíveis. A direção terapêutica, apresentada se apóia em uma amplificação das possibilidades de percepção a partir de uma mudança no paradigma que utilizamos para compreender e nos situar no mundo. Esta mudança pode abrir portas para inúmeras possibilidades até então não consideradas. Está presente no filme a idéia de uma conexão da percepção com uma consciência ampliada sobre a qual não são muitas as indicações das vias de acesso. What the bleep do we know? (2004) (Quem somos nós) Produzido por William Arntz, Betsy Chasse, EUA, 109 min. Fotografia: David Bridges e Mark Vicente
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