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Mulheres
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MULHERES Por SousaFarias
Chamam-lhe o sexo fraco mas não é bem assim. Na minha análise a mulher é mais forte do que o homem. Tem maior capacidade de sofrimento e talvez até, em situações de aperto, decide melhor que o Homem. Em França, nos anos trinta, a mulher operária exigia no mínimo que o marido lhe entregasse todo o dinheiro ?para os gastos da casa?, porque é ela que se encarrega de todas as tarefas administrativas. Em alguns casos os maridos entregam tudo o que ganham e há os casais que fazem bolsa comum, utilizando cada um o dinheiro necessário para satisfação das suas necessidades. E há ainda o casal de marido alcoólico, que gasta todos os seus recursos nos bares, obrigando a mulher a assegurar a sua subsistência e a dos filhos, com a sua remuneração. Gira é a história daquela mulher casada como o operário Loreno, que, gerindo ele o orçamento familiar ela dizia: «Como era o Loreno que dispunha do dinheiro e o geria, eu tinha sempre falta dele».... A mulher é meiga e terna quando esposa e é exigente mas carinhosa quando Mãe. Quando o marido se fina, chora mas depressa retoma a vida normal e assume os negócios. Se vai a uma feira, discute o preço do novilho com o dono e engana-o se puder. E orgulha-se disso. Não vejam nisto maldade mas astúcia Conduzir um tractor ou um camião, seja ela encartada ou não, para ela é fácil, não tem problema algum. No dia da matança do corpo bebe um copo de aguardente com os Homens e diz palavrões, que, por serem tidas como palavras correntes, não têm um significado por aí além. Convive bem com essas palavras. Mata um coelho com um golpe por detrás das orelhas e mata uma galinha cortando-lhe o pescoço. E diz, já está!... A mulher talvez seja mais humana que o homem. Isso vê-se quando um filho está doente. É ela que sabe as mesinhas todas, os chás que tem a fazer, o que tem de fazer, ir ou não ir ao médico. É ela que está na maternidade no dia do nascimento do neto e é a primeira que pega no rebento e se for preciso dá-lhe duas nalgadas no rabo.. A criança tem de chorar, só ela sabe isso, porque aprendeu com a sua mãe e ouviu dizer às outras mulheres. O seu ponto alto é quando vai à loja comprar uma peça de roupa para um dos seus. Não trás nada sem o selo do desconto.. ou então quando vai comprar carapaus ao arreeiro que passa perto de casa. As cenas entre elas e o Macdones, que era de Santa Bárbara de Nexe e ia buscar duas canastras de peixe a Olhão, são imorredoiras e inesquecíveis. Quanto custa um cento de carapaus Mac? E o Mac com uma paciência de Jó dizia, custa dez, vai-te mas é cagar ó Mac, toma lá seis, diziam elas... As mulheres mexeram-se e defenderam o seu posto de trabalho nas fábricas e nos campos. Eram polivalentes. Foram esposas e mães, enfermeiras e médicas, educadores, donas de casa e mulheres da limpeza. E estiveram na frente de batalha, estudaram, investigaram e ensinaram, foram prosadoras e poetisas e foram elas que nos ensinaram a amar. A maior parte das mulheres gastam muito tempo com os cuidados exigidos pelas crianças para que andem mais asseadas. Em França o mestre-escola verifica o arranjo das crianças e pode mandá-las para casa se estiverem muito sujas. Em Inglaterra, é unicamente a família que ajuda a criar as crianças pequenas cabendo a responsabilidade da educação das crianças exclusivamente às mães. E é assim ... viva as mulheres operárias..
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