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Ensino da Arte E Contemporâneidade
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Ensino da Arte e Contemporaneidade A arte em suas várias formas de linguagem se estabelece como uma forma de eixo articulador da aprendizagem. ?A música, o teatro, a dança, o design, a televisão, os filmes, as histórias, a poesia, as músicas, os quadros, as esculturas e as fotografias são formas essenciais de comunicação em toda sociedade? (Smiers, 2006, p. 12). Tomando como verdadeira a afirmação de que a opinião das pessoas é formada através de um conjunto de coisas que vêem, lêem, ouvem, etc. Há que se trazer essa experiência extra- aula para dentro de sala como instrumento coadjuvante do aprendizado. Atualmente, ou talvez desde sempre, as propagandas utilizam a produção artística como forma de persuadir seu público alvo, o que está diretamente relacionado com o fato de que a arte é capaz de nossos mais variados sentimentos, e de uma forma ou de outra, está sempre a nos persuadir, além de a todo o momento nos fazer pensar, refletir sobre determinada coisa. Em virtude desse poder, há que se pensar a melhor forma de transformá-lo em um aliado no ato ensinar, que a meu ver cabe a visão, a expressão, compartilhar conhecimento. Isso, partindo da concepção de educação como um processo permanente onde ?o saber se faz através de uma superação constante? que envolve tanto professores quanto alunos como ?sujeitos de sua própria educação? (Freire, 1981, p. 28-29). A pluralidade de uma sala de aula, causa a necessidade de o educador desenvolver uma percepção. Cada um se identifica mais com determinada forma de expressão artística, seja ela boa ou ruim, pra mim ou pra você. ?Seria uma perda se nenhum desses sentimentos expressos pela arte estivesse relacionado com os conflitos, com o desejo de convívio, a forma de lazer das pessoas, os tipos específicos de humor e preferências estéticas encontrados numa determinada sociedade? (Smiers, 2006, p. 12). Se os princípios modernistas tinham ênfase ma auto-expressão, e o papel do professor detinha-se a facilitar o contato espontâneo com técnicas e materiais, o ensino da arte na contemporaneidade não está mais de acordo com tais princípios. Ensinar e aprender arte hoje, pressupões um diálogo mais intenso, tanto de quem educa quanto de quem é educado com o objeto artístico, onde esse objeto se estabelece como produto da cultura, como meio e método de conhecimento. Nos dias atuais a arte é concebida como um objeto de conhecimento que guarda sua particularidade e estabelece similaridades com diversas áreas, pode-se até mesmo ousar a dizer que junto com algumas ciências, a arte também cria uma vertente para a busca da significação da vida, e sendo ela um resultado da ação criadora do homem, se pode apegar nessa capacidade de criação como um elemento propulsor de um debate ou um diálogo em sala. Ressaltar a precariedade conceitual e metodológica que existe na maioria ou em algumas aulas é válido, e mais ainda relacionar a pobreza didática docente com a falta de interesse discente. Uma visão pré-concebida, uma frágil formação profissional, juntamente com dificuldades e problemas para exercer a profissão, levam a um exercício docente ?carente?. Unidos a esses problemas, tem-se a dificuldade de ensinar arte no Brasil, além de ser um país que dá pouca, ou nenhuma importância à cultura, ?as artes são preeminentemente uma área em que incompatibilidades emocionais, conflitos sociais e questões de status chocam-se mais intensamente do que normalmente ocorre na comunicação diária?, o que piora com a falta de interesse, ou o não saber respeitar opinião alheia, ou mais ainda, com uma cultura de imposição de gosto (Smiers, 2006, p. 17). A arte contemporânea tem como herança uma visão crítica acerca da própria condição de arte, além de tender para a desmaterialização do objeto artístico. No olhar crítico contemporâneo, não cabe mais estabelecer fronteiras do território da arte, podendo expandi-la até a sala de aula ou pra além dela. A arte de hoje encontra-se diante de um vasto campo de possibilidades, o que tem relação direta com a liberdade da linguagem artística. Ao mesmo tempo, há aí uma espécie de ausência de diretrizes para determinar as regras do jogo da criação. Um avanço na qualidade do ensino de arte na contemporaneidade só será possível com uma melhora conceitual e metodológica, quando ambos estiverem a serviço de uma eficiente capacitação de professores. É muito pertinente que se busque uma forma de melhorar a capacitação dos professores ampliando também o contato com a cultura sempre que possível. O ensino de arte exige domínio de conhecimento específico, e também de flexibilidade para incorporar o que é novo, o que se renova, mais ainda, de um pensamento crítico não preconceituoso. A reflexão tem a função de uma orientação que define de acordo com possibilidades. ?O professor de arte constrói e transforma seu trabalho na sua praxes cotidiana, na síntese entre ação e relação. É neste sentido que precisa saber arte e ser professor de arte;? (Ferraz eFusari, 1992, p. 41). Por Daniele Megliorini
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